Em relação à porcentagem, observe a concordância em “[...] 4...

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Q2448093 Português
A epidemia da exaustão


A sensação prolongada de cansaço que acomete tanta gente prejudica a vida pessoal, dificulta
relacionamentos, minando a criatividade e o desenvolvimento de projetos pessoais.


         Como acontece com qualquer situação endêmica, a exaustão e o estresse não influenciam apenas os indivíduos - também têm consequências culturais, sociais e econômicas. De forma geral, acredita-se que o prejuízo anual decorrente de faltas ao trabalho, baixa produtividade, acidentes e doenças causadas pelo problema ultrapasse US$ 300 bilhões nos Estados Unidos e US$ 265 bilhões na Europa.
        “No Brasil estimamos que poderia haver uma economia de até 34% dos gastos com saúde se fossem diminuídos os índices de estresse ocupacional”, acredita a psicóloga Ana Maria Rossi, especialista no estudo do estresse e presidente da Isma-Brasil.
       O investimento nessa área por parte dos serviços de saúde, entretanto, é pouco expressivo. De acordo com Rossi, entre as razões para isso destaca-se a ausência de um diagnóstico correto que levante prioridades e necessidades dos funcionários.
         Nos primeiros estudos sobre estresse no trabalho, realizados na década de 50, o indivíduo era considerado de forma passiva, como se estivesse apenas exposto ao desgaste. Hoje em dia, entretanto, algumas organizações tendem a ir para o extremo oposto, acreditando que o estresse ocupacional deve ser preocupação exclusiva do trabalhador.
       Novos modelos propostos na década de 80 partem da ideia de que o ser humano lida ativamente com as situações estressantes, o que implica a necessidade de avaliação da própria rotina, mas também requer o comprometimento das empresas, como oferecer grupos de conversa e apoio, orientados por psicólogos, em que as pessoas tenham a oportunidade de falar sobre seus receios e angústias.
       Um recurso bastante eficiente é a participação em cursos e workshops de meditação, que favorece a capacidade de lidar com o estresse, fortalecer o sistema imunológico e a capacidade de concentração.
          Da parte do profissional, cabe cuidar de si mesmo. “Tirar férias apenas a cada 11 meses, por exemplo, costuma ser prejudicial; nesse intervalo o nível de estresse acumulado atinge patamares muito altos”, afirma Rossi. Segundo a especialista, períodos menores de descanso, divididos ao longo do ano, podem ser mais benéficos à saúde.
          Não é só o trabalho que faz mal à saúde da mente. A ausência de uma fonte de renda também é extremamente prejudicial. A maioria das pessoas que perderam seus postos de trabalho sofre com sintomas de angústia, baixa autoestima, ansiedade e medo.
        Segundo uma pesquisa desenvolvida em 2018 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nas capitais brasileiras, a ansiedade afeta 70%; o estresse, 64% e o desânimo, 60% dos entrevistados. Vale lembrar que no Brasil existem hoje mais de 12 milhões de desempregados, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
        A pesquisa revela que a falta de emprego afeta diretamente a saúde física: 47% das pessoas relatam alteração de apetite e 35%, desequilíbrio da pressão arterial. É fundamental que esse momento da vida seja encarado como transitório e, apesar das dificuldades, a pessoa aproveite o tempo livre de forma construtiva, por exemplo para fazer atividade física, reavivar sua rede de contatos, ler e estudar.
      Centrar-se no aqui e no agora usando técnicas simples e eficazes de meditação atenção plena ajuda a afastar o estresse. Simples e sem contraindicações, a prática pode ser feita por alguns minutos, várias vezes ao dia.


(Gláucia Leal. Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/. Acesso em: 05/02/2024.)
Em relação à porcentagem, observe a concordância em “[...] 47% das pessoas relatam alteração de apetite [...]” (10º§). Assinale a alternativa em que a concordância quanto à porcentagem está INCORRETA.
Alternativas

Comentários

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✔️ PARA AJUDAR A FIXAR

A) 1% da equipe médica está indecisa quanto à mobilização.

  • Está concorda com 1%. Até 1,9% verbo no singular.
  • 1,9 milhão de reais é muita grana.

B) Os 5% da empresa estão ausentes devido ao curso de formação.

  • Os 5% da empresa ESTÃO

C) Cerca de 10% da plateia ficou insatisfeita com a postura do palestrante.

  • Aqui o examinador optou por concordar com 'plateia' ficou. Poderia ser cerca de 10% ficaram. Concordando com a porcentagem.
  • Mais de, menos de, cerca de (proximidade, não se confunde com sujeito partitivo)

D) 15% dos médicos e dos professores está de licença para tratamento de saúde.

  • 15% dos médicos e dos professores ESTÃO. Sujeito composto. Núcleo 15%.

Bons estudos

Vamos juntos!!

✍ GABARITO: D

Quantidade aproximada – É o caso em que o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, menos de, mais de, perto de) seguidas de numeral e substantivo:

O verbo concordará com o substantivo.

 O certo seria:

15% dos médicos e dos professores está (ESTÃO) de licença para tratamento de saúde.

GABARITO: D ✅

Não entendi. Se a questão pede a concordância baseada na porcentagem [Assinale a alternativa em que a concordância quanto à porcentagem está INCORRETA], a alternativa C também estaria incorreta. A partir de 2% a concordância com base no numeral é levada ao plural.

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