Paciente do sexo masculino, 63 anos, tabagista, coronariopat...
Ecoendoscopia mostrou estar restrita à mucosa gástrica, e ter na verdade 1,5cm de diâmetro, sem linfonodomegalias perigástricas. Procedida no mesmo ato endoscópico ressecção mucosa endoscópica, com retirada completa da lesão. Análise histopatológica revelou se tratar de adenocarcinoma moderadamente diferenciado, tipo intestinal de Lauren, sem invasão angiolinfática e com margens não-comprometidas.
Sobre o caso, assinale a opção que apresenta a conduta correta.
Gabarito comentado
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A alternativa correta é A - Observação.
O tema central da questão é o manejo adequado de um adenocarcinoma gástrico detectado em estágio inicial, especificamente um carcinoma restrito à mucosa gástrica. Para resolver essa questão, é necessário compreender os princípios do tratamento de câncer gástrico em estágios precoces e conhecer as diretrizes terapêuticas atuais para esses casos.
No caso apresentado, o paciente foi diagnosticado com um adenocarcinoma moderadamente diferenciado, tipo intestinal de Lauren, sem invasão angiolinfática e com margens não-comprometidas, após a ressecção mucosa endoscópica.
Justificativa para a alternativa correta:
A - Observação: Após a remoção completa da lesão e a confirmação de que não há invasão além da mucosa, nem linfonodomegalias ou invasão angiolinfática, a conduta de observação é adequada. Isso se baseia no fato de que a ressecção mucosa foi curativa, e o risco de recidiva é mínimo. Portanto, o paciente pode ser monitorado periodicamente sem necessidade de cirurgia adicional imediata.
Análise das alternativas incorretas:
B - Ressecção gástrica atípica + linfadenectomia D1: Esta abordagem seria mais agressiva do que o necessário, considerando que a lesão foi completamente removida e não há envolvimento linfático identificado.
C - Gastrectomia subtotal + linfadenectomia D1: Assim como na alternativa B, esta estratégia é excessivamente agressiva para um tumor que já foi tratado de forma eficaz com a ressecção endoscópica.
D - Gastrectomia subtotal + linfadenectomia D2: Esta é uma abordagem ainda mais agressiva, envolvendo uma dissecação linfática mais extensa, desnecessária para o estágio da doença apresentado.
E - Gastrectomia total + linfadenectomia D2: Esta alternativa é a mais radical e seria indicada apenas em casos de doença avançada ou complicações que não se aplicam ao cenário apresentado, onde a lesão é restrita e completamente ressecada.
Em resumo, a estratégia de observação é a mais adequada para este paciente, dado que a ressecção endoscópica atingiu seus objetivos curativos, considerando a localização, o tipo histológico e a ausência de invasão ou metástases.
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