Em 10/12/2024, uma sociedade empresária não apresentava pas...

CPC 27 ativo imobilizado:

23.O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período

Reconhecimento se dá pelo valor à vista da compra a prazo!

GAB. D

De acordo com a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, o reconhecimento inicial de um ativo imobilizado deve ser feito pelo seu valor justo na data da aquisição. Quando a compra é feita a prazo, e o valor do pagamento diferido é superior ao valor à vista, a diferença deve ser tratada como uma despesa financeira ao longo do prazo de pagamento.

• Preço à vista do veículo: R$ 90.000
• Preço pago a prazo: R$ 100.000
• Prazo do pagamento: 30/12/2027
• Quantidade comprada: 1 veículo (o desconto unitário de R$ 85.000 não se aplica)

A sociedade empresária deve reconhecer o veículo pelo seu valor justo à vista, ou seja, R$ 90.000 no ativo imobilizado.

A diferença entre o valor a prazo (R$ 100.000) e o valor à vista (R$ 90.000), que é de R$ 10.000, deve ser reconhecida como juros a apropriar ao longo do período até o vencimento.

• O passivo reconhecido inicialmente deve ser o valor presente da obrigação, que corresponde ao preço à vista: R$ 90.000.
• Os R$ 10.000 adicionais serão reconhecidos como despesa financeira ao longo do tempo e não fazem parte do passivo inicial.

O saldo do passivo não circulante no balanço patrimonial após a compra será R$ 90.000.

Não deveria ser R$ 30.000 no circulante e R$ 60.000 no não circulante? Alguém me tira essa dúvida?

Para determinar o saldo do passivo não circulante no balanço patrimonial da sociedade empresária após a compra, devemos analisar os fatos apresentados à luz dos princípios contábeis.

1. Análise do caso:

• O veículo foi adquirido por R$ 100.000, com pagamento previsto para 30/12/2027 (prazo superior a um ano).

• O valor à vista seria de R$ 90.000, indicando que os R$ 10.000 adicionais são equivalentes a juros embutidos no parcelamento.

• O preço unitário de R$ 85.000, aplicável em compras simultâneas de mais de cinco veículos, não é relevante neste caso, pois a transação foi de apenas um veículo.

2. Reconhecimento inicial do passivo:

De acordo com a NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente e os princípios gerais de contabilidade, a entidade deve reconhecer o passivo pelo seu valor presente. Assim:

• O passivo será registrado inicialmente pelo valor à vista (R$ 90.000), pois reflete o valor justo da obrigação no momento da compra.

• Os R$ 10.000 correspondem a encargos financeiros futuros (juros) e serão apropriados como despesa financeira ao longo do período do parcelamento.

3. Classificação como passivo não circulante:

Como o vencimento da dívida ocorre em 2027 (prazo superior a um ano), o saldo do passivo será classificado como não circulante no balanço patrimonial.

4. Saldo do passivo não circulante:

O valor inicial reconhecido no passivo não circulante será R$ 90.000, correspondente ao valor à vista do veículo.

Resposta correta: Letra D (R$ 90.000).

Referências:

• CFC. NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente. Conselho Federal de Contabilidade.

• IUDÍCIBUS, S. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2010.