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Q1142198 História
Quanto a pátrias, o texto d’O Paraense é claro: estas são as províncias, locais de reiteração de trajetórias particulares engendradoras dos “Povos” e de suas identidades coletivas. O plural do periodista tanto remete a um linguajar ancien régime, quanto demarca a multiplicidade dos âmbitos reais, concretos, da difícil “amalgamação” das diferenças, tanto aquelas às quais se referia José Bonifácio, quanto das que distinguiam o Pará de Pernambuco ou Minas Gerais da Cisplatina, e fazia os maranhenses saberem-se diferentes dos baianos. O Brasil, por seu turno, é o país, enorme mosaico de diferenças, cujas peças mal se acomodavam no império emergente do rompimento com Portugal, a partir de então “pátria mãe” e não mais “reino irmão”. E nesse quadro de contradições, não parece ser irrelevante destacar que a identidade nacional brasileira emergiu para expressar a adesão a uma nação que deliberadamente rejeitava identificar-se com todo o corpo social do país, e dotou-se para tanto de um Estado para manter sob controle o inimigo interno.
(István Jancsó e João Paulo G. Pimenta, Peças de um mosaico (ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira). Em Carlos Guilherme Mota (org). A experiência brasileira. Formação: histórias. Adaptado)

Segundo o artigo, no contexto apresentado, “inimigo interno” refere-se

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