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Q2315947 Odontologia
Mulher, 58 anos, foi encaminhada para avaliação de placas brancas não destacáveis na raspagem, assintomáticas, com oito meses de evolução, localizadas nas gengivas, inseridas em vestibulares dos pré-molares e molares inferiores do lado direito. A lesão se estendera para a mucosa jugal do mesmo lado. Algumas áreas mostraram projeções rugosas na superfície. A paciente relatou que nunca foi tabagista. Foi realizada uma biópsia incisional. O diagnóstico histopatológico foi de hiperceratose e acantose com displasia leve. Em relação ao quadro apresentado pela paciente, assinale a afirmativa correta. 
Alternativas

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Alternativa correta: B - Trata-se de uma lesão de alto risco com transformação maligna, com alta taxa de recidiva.

Comentário:

O tema central da questão aborda lesões orais com potencial de transformação maligna. No caso apresentado, uma mulher de 58 anos apresenta placas brancas não destacáveis com características específicas e um diagnóstico histopatológico de hiperceratose e acantose com displasia leve.

Para resolver esta questão, é necessário compreender os conceitos sobre lesões pré-cancerosas, displasias e os fatores de risco para transformação maligna, mesmo em pacientes não tabagistas.

Justificativa da alternativa correta:

A alternativa B é correta porque as lesões descritas (placas brancas, não destacáveis, com projeções rugosas) e o diagnóstico de displasia leve indicam que estamos lidando com uma lesão potencialmente precursora de carcinoma espinocelular. Mesmo com displasia leve, essas lesões requerem atenção devido ao risco de transformação maligna, que é considerado alto, bem como a possibilidade de recidiva.

Análise das alternativas incorretas:

A - A remoção cirúrgica total da lesão elimina o risco de transformação maligna.

Esta alternativa está incorreta porque, embora a remoção cirúrgica possa reduzir significativamente o risco de transformação maligna, ela não elimina completamente esse risco. Lesões com displasia podem recidivar, e a transformação maligna pode ocorrer mesmo após a remoção.

C - O risco de evolução da lesão para carcinoma espinocelular é pequeno por apresentar uma displasia leve.

Esta alternativa também está incorreta. Mesmo que a displasia seja leve, não se pode subestimar o risco de transformação maligna. Todas as lesões com displasia devem ser monitoradas de perto, independentemente do grau de displasia.

D - O risco de evolução para carcinoma espinocelular é pequeno pelo fato da paciente nunca ter sido tabagista.

Embora o tabagismo seja um fator de risco significativo para o carcinoma espinocelular, a ausência de tabagismo não elimina o risco de transformação maligna em lesões com características histopatológicas de displasia. Outros fatores, como predisposição genética e exposição a carcinógenos ambientais, também desempenham um papel importante.

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Comentários

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  1. Hiperceratose: É uma condição na qual há um aumento na espessura da camada mais externa da pele ou mucosa (a camada córnea ou camada superficial da epiderme). Essa camada se torna mais espessa devido ao acúmulo excessivo de queratina, uma proteína presente naturalmente na pele.
  2. Acanthosis (ou acantose): Refere-se ao espessamento da camada basal (mais profunda) da epiderme ou mucosa. É caracterizado pelo aumento no número de camadas de células epiteliais.
  3. Displasia leve: Indica uma alteração nas células, onde há mudanças anormais na aparência e no padrão de crescimento das células. No caso da displasia leve, essas alterações são consideradas leves e ainda não alcançaram um estágio em que possam ser classificadas como pré-cancerígenas ou cancerígenas.

Essas características histopatológicas - hiperceratose, acantose e displasia leve - podem ser indicativas de um processo de alterações celulares anormais, mas ainda não são consideradas um câncer. No entanto, a displasia é um achado preocupante, pois sugere uma mudança na forma como as células estão se comportando.

No contexto bucal, quando há a presença de lesões como placas brancas nas gengivas e mucosa jugal, é essencial monitorar essas condições, pois a displasia pode ser um sinal de alerta para a possibilidade de desenvolvimento de câncer oral. Geralmente, a conduta envolve acompanhamento clínico rigoroso e, às vezes, novas biópsias para avaliar possíveis mudanças na condição das células ao longo do tempo. O paciente geralmente é encaminhado para um especialista em doenças bucais ou um cirurgião bucomaxilofacial para acompanhamento e cuidados adequados.

mulher,não fumante,lesões que iniciam na gengiva e começam a se espalhar em áreas próximas, como mucosa jugal,chances altas de ao longo dos anos tornar-se uma LVP

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