Leia o texto para responder à questão A RAPOSA E AS UVAS De ...
A RAPOSA E AS UVAS
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas maravilhosas, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo o que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: “Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes.” E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia risco de despencar, esticou a pata e...Conseguiu! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!
Disponível em <http://www.filologia.org.br/vcnlf/anais/caderno03-07....>. Acesso em 5 ago 2009.
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A questão apresentada trata de interpretação de texto, relacionando o conteúdo de uma fábula com um provérbio popular. A história da raposa e as uvas é uma famosa fábula que ilustra o comportamento de alguém que desdenha o que não conseguiu obter.
Interpretação da Questão:
A fábula descreve a tentativa frustrada da raposa de pegar as uvas. Após várias tentativas sem sucesso, ela decide que as uvas, na verdade, estavam verdes, justificando assim seu fracasso. No entanto, ao conseguir alcançar as uvas, percebe que elas realmente estavam verdes, confirmando sua desculpa inicial.
Análise da Alternativa Correta:
A alternativa D - “Quem não arrisca não petisca.” está correta. Este provérbio é frequentemente interpretado como a necessidade de arriscar para realizar algo ou obter uma recompensa. A raposa, ao persistir e usar a pedra para alcançar as uvas, exemplifica a ideia de que, sem esforço e risco, não se consegue o que deseja.
Justificativa das Alternativas Incorretas:
A - “Quem corre cansa.”
Esta alternativa sugere que o esforço excessivo leva ao cansaço, mas não reflete a moral da história. A raposa não desiste por cansaço, mas por considerar que as uvas estavam verdes.
B - “Santo de casa não faz milagre.”
Este provérbio refere-se à falta de reconhecimento das qualidades de alguém próximo. Não há relação com a história da raposa, que trata de frustração e justificativa para o fracasso.
C - “Deus ajuda quem cedo madruga.”
Relaciona-se ao esforço e à dedicação, mas a história focaliza a racionalização do fracasso, e não o esforço inicial para alcançar as uvas.
E - “A caravana passa e os cães ladram.”
Este provérbio sugere que algo continua independente das críticas ou distrações, não aplicável à situação da raposa, que se justificava por não conseguir as uvas.
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Comentários
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✅ Gabarito: D
✓ Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia risco de despencar, esticou a pata e...Conseguiu! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!
➥ A ideia é de que a Raposa arriscou, fez de tudo para que conseguisse as uvas. Ou seja, a raposa temia que as uvas não estivessem boas, estivessem verdes, mas, mesmo assim, tentou, arriscou, fez de tudo para consegui-las.
➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Petiscar é o mesmo que comer um pouco, para provar, de fato ela se arriscou e no final conseguiu provar as uvas.
´É preciso arriscar sempre! Desistir, nunca!!! Força e foco!
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