Paciente de 60 anos, com história de refluxo gastroesofágic...
Paciente de 60 anos, com história de refluxo gastroesofágico desde os 45 anos, é submetido à Endoscopia Digestiva Alta com biopsias de esôfago revelando Esôfago de Barret com displasia de baixo grau.
Assinale a opção que indica a melhor conduta a ser seguida para o caso descrito.
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A alternativa correta é B - Endoscopia digestiva alta de controle em 3 a 6 meses.
A questão aborda o manejo do Esôfago de Barrett com displasia de baixo grau, uma condição que surge em pacientes com história prolongada de refluxo gastroesofágico. Trata-se de uma complicação onde o epitélio escamoso normal do esôfago é substituído por epitélio columnar metaplásico, associado a um risco aumentado de progressão para adenocarcinoma esofágico.
Para entender a resposta, é importante reconhecer que a displasia de baixo grau no esôfago de Barrett tem um risco mais baixo de progressão imediata para câncer. Assim, a conduta mais recomendada, baseada nas diretrizes clínicas, é a vigilância endoscópica regular com biópsias, normalmente em intervalos de 3 a 6 meses. Isso permite monitorar alterações celulares que possam indicar progressão da doença.
Vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:
- A - Esofagectomia pela possibilidade de neoplasia rapidamente progressiva: A esofagectomia é um procedimento cirúrgico muito invasivo e é reservado para casos de displasia de alto grau ou carcinoma invasivo, onde o risco de malignidade é significativo.
- C - Terapia com ablação fotodinâmica imediata: Este tratamento pode ser considerado em displasia de alto grau, mas para displasia de baixo grau, a vigilância é preferida, salvo se houver outras indicações clínicas específicas.
- D - Resseção endoscópica ampla no esôfago distal: A resseção endoscópica é usada em nódulos visíveis ou lesões suspeitas, não sendo padrão para displasia de baixo grau, a menos que haja progressão.
- E - Fundoplicatura imediata: A fundoplicatura é uma intervenção cirúrgica para refluxo gastroesofágico, mas não altera a necessidade de vigilância endoscópica para displasia de baixo grau.
Em resumo, a vigilância endoscópica é a abordagem mais adequada para monitorar o progresso do esôfago de Barrett com displasia de baixo grau, permitindo a detecção precoce de quaisquer mudanças significativas.
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Alternativa correta: B. Endoscopia digestiva alta de controle em 3 a 6 meses
Justificativa
Para pacientes com esôfago de Barrett e displasia de baixo grau, a recomendação é realizar um acompanhamento regular com endoscopia digestiva alta para monitorar a progressão da displasia. O objetivo é identificar qualquer progressão para displasia de alto grau ou adenocarcinoma de forma precoce, permitindo intervenções adequadas.
Características da Conduta Recomendada
- Monitoramento Regular: A endoscopia digestiva alta de controle em 3 a 6 meses permite a avaliação contínua do esôfago para detectar mudanças na displasia.
- Prevenção de Complicações: O acompanhamento regular pode ajudar a prevenir a progressão para câncer esofágico ao detectar alterações precocemente.
- Segurança e Efetividade: Este método é menos invasivo em comparação com intervenções cirúrgicas imediatas e oferece uma abordagem segura e efetiva para pacientes com displasia de baixo grau.
Análise das demais alternativas
[A]: Esofagectomia pela possibilidade de neoplasia rapidamente progressiva
- Não indicada: A esofagectomia é uma intervenção radical e geralmente reservada para casos de displasia de alto grau ou adenocarcinoma.
[C]: Terapia com ablação fotodinâmica imediata
- Não recomendada como primeira linha: A ablação é uma opção para displasia de alto grau, mas não é indicada inicialmente para displasia de baixo grau.
[D]: Resseção endoscópica ampla no esôfago distal
- Não necessária inicialmente: A resseção endoscópica ampla pode ser considerada para displasia de alto grau ou adenocarcinoma, mas não é a primeira escolha para displasia de baixo grau.
[E]: Fundoplicatura imediata
- Não indicada: A fundoplicatura é uma cirurgia para tratar o refluxo gastroesofágico, mas não trata diretamente a displasia de Barrett.
Resumo
Para um paciente com esôfago de Barrett e displasia de baixo grau, a melhor conduta inicial é o monitoramento com endoscopia digestiva alta a cada 3 a 6 meses para detectar quaisquer progressões ou mudanças significativas na displasia.
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