A insuficiência renal aguda (IRA) em criança deve ser avalia...
A insuficiência renal aguda (IRA) em criança deve ser avaliada de forma integral, sendo aconselhável instituir tratamento para as várias alterações homeostáticas nos diversos sistemas do organismo, antes mesmo da exploração e identificação etiológica. Acerca de situações que envolvem esse tipo de paciente, assinale a opção correta.
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: C
A questão aborda aspectos importantes relacionados ao manejo da insuficiência renal aguda (IRA) em pediatria. A IRA é uma condição crítica que requer atenção imediata às alterações homeostáticas, incluindo distúrbios eletrolíticos e ácido-base, antes mesmo de determinar a causa exata da falência renal.
Justificativa da Alternativa Correta (C): O uso de cálcio, especificamente na forma de gluconato de cálcio a 10%, é uma prática comum para antagonizar os efeitos tóxicos do potássio elevado (hipercalemia) sobre o coração. O cálcio ajuda a estabilizar a membrana miocárdica, melhorando a condução cardíaca, o que é crucial em situações de hipercalemia severa. O bicarbonato de sódio também pode ser utilizado, mas seu principal mecanismo é deslocar o potássio para dentro das células, não possuindo o efeito imediato de estabilização da membrana como o cálcio.
Análise das Alternativas Incorretas:
A: A afirmação de que o sódio sérico sempre está aumentado na insuficiência renal aguda é incorreta. Embora o rim seja um órgão crucial na eliminação de sódio, as concentrações de sódio no sangue podem variar dependendo de muitos fatores, como o estado de hidratação e a presença de outros distúrbios metabólicos. A hipernatremia não é uma consequência inevitável da IRA.
B: A acidose metabólica na IRA frequentemente contribui para a hipercalemia, uma vez que o aumento de íons hidrogênio nas células pode levar ao deslocamento de potássio para o espaço extracelular. Portanto, a afirmação de que a acidose não contribui para a hipercalemia é incorreta.
D: A hipofosfatemia, ou baixos níveis de fosfato no sangue, não é uma característica típica da IRA. Pelo contrário, é mais comum ocorrer hiperfosfatemia devido à redução da excreção renal de fosfato.
E: Em casos de hipovolemia aguda, a administração de fluidos é crítica. No entanto, a recomendação padrão para expansão volêmica inicial em crianças é geralmente feita com soro fisiológico a 0,9%, mas a dosagem de 50 mL/kg é excessiva para um bolus inicial em pediatria. A prática comum é iniciar com 20 mL/kg e reavaliar antes de repetir.
Conclusão: Compreender as alterações homeostáticas e a abordagem terapêutica em IRA é essencial para o manejo adequado do paciente pediátrico. Essa questão sublinha a importância de intervenções rápidas e eficazes antes mesmo do diagnóstico etiológico.
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