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QUESTÃO: "Nos períodos “o bufão de 75 anos que foi primeiro-ministro por três vezes” (L.6-7) e “Mas foi a economia que acabou com a sua condição de primeiro-ministro” (L.12-13), os elementos sublinhados têm, ambos, a função de restringir o sentido das expressões que os antecedem, a saber, “o bufão de 75 anos” e “a economia”, respectivamente."
O 1º "que" é PRONOME RELATIVO (pois RETOMA um termo da oração antecedente) e equivale a "o qual".
TEXTO: "Inúteis são governantes como Mussolini e Silvio Berlusconi, o bufão de 75 anos que (= O QUAL) foi primeiro-ministro por três vezes e agora cai por absoluta incapacidade de apresentar soluções para a brutal crise econômica da Itália."
Celso Cunha (Nova Gramática do Português Contemporâneo, 5ª edição, pág. 356) nos diz assim:
PRONOMES RELATIVOS: são assim chamados porque se REFEREM, de regra geral, a um termo anterior - o ANTECEDENTE.
Já o 2º "que" é uma PARTÍCULA EXPLETIVA ou de REALCE e juntamente com o "foi" pode ser retirado da frase sem prejuízo!
TEXTO: "Mas foi a economia que acabou com a sua condição de primeiro-ministro com mais tempo no poder italiano depois da Segunda Guerra Mundial."
Se retirarmos o "foi que" ficará:
"Mas a economia acabou com a sua condição de primeiro-ministro com mais tempo no poder italiano depois da Segunda Guerra Mundial."
PS.: Para complementar vejam a Q260156
;o)
só cuidado porque acho que o primeiro que retoma e restringe, pois é um pronome relativo que inicia uma oração subordinada adjetiva restritiva= sem vírgulas
mas o segundo que não retoma nem restringe, e pode ser retirado sem prejuizo pro significado do texto, pois é apenas uma particula de realce/expletiva.
o que é particula de realce/expletiva nos casos que aparece sozinho( sem fazer parte de locução verbal)
exemplo:
"Por que que não para de chover?"
ou nas locuções é que, foi que, era que
Exemplos:
Este filme é que é bom.
Foi ele que realmente acertou a questão.
eles podem ser retirados sem causar prejuizo no signifiicado.
e eu errei a questão T.T pois achei que os dois eram Pronomes Relativos...
2ª PARTICULA DE REALCE OU EXPLETIVA: MAS FOI A ECONOMIA QUE ACABOU COM SUA CONDIÇÃO DE PRIMEIRO-MINISTRO... : SE RETIRARMOS O FOI QUE NÃO INFLUENCIARÁ EM NADA : MAS A ECONOMIA ACABOU COM SUA CONDIÇAO DE PRIMEIRO-MINISTRO.
FÉ E FORÇA
Errado. Veja o que diz o Prof. Luis Ladeira
"Verdade para o primeiro trecho. Mas, no segundo, o "que" faz parte da expressão "É... que", no caso "foi... que", que é uma expressão de realce, de clivagem, e não tem função sintática. Portanto o "que", aqui, não restringe, e, sim, enfatiza o elemento anterior.
Revisão:
A expressão enfática “é que” é usada para destacar o elemento anterior a ela, e pode se comportar de duas maneiras:
1) junta e invariável: quando posposta ao termo que enfatiza, fica sempre invariável. Ele é que foi, elas é que foram, nós é que iremos etc.
2) separada e variável: este uso, mais complexo, traz o verbo SER no início do termo destacado e a palavra “que” no final dele, num processo que alguns autores chamam de clivagem (= separação, destaque). O verbo SER, trazido para o início da frase, se conjuga no mesmo tempo do verbo da oração principal e faz concordância com o termo seguinte, se este for de natureza substantiva e não estiver preposicionado. Vejam-se os exemplos:
a. Era ela que faria a festa.
b. Foi esse período que consagrou a literatura espanhola.
c. Seremos nós que faremos o trabalho.
Note-se que, se o termo destacado não for substantivo sem preposição, não há concordância:
d. Era nessas condições que os escravos trabalhavam.
e. É dessas pessoas que o país precisa.
3) Na forma separada, quando a palavra “que” se refere a uma pessoa e é sujeito do verbo seguinte, pode ser trocada por “quem”, podendo-se, nesse caso, alterar-se a concordância, da seguinte forma:
a. Era ele quem deveria pagar a conta.
b. São eles quem pagam (ou paga) a conta.
c. Somos nós que as fabricamos (ou “quem as fabrica”).
A maneira de analisar essa expressão encontra variação entre os gramáticos, mas, nas provas do Cespe, o padrão é bem claro: tanto a forma invariável (é que) quanto a forma variável (é/era/foi etc ... que) compõem expressão sem função sintática, o verbo não conta como uma oração e a palavra “que”, ainda que derive de um pronome relativo, não introduz oração adjetiva. Outra característica marcante é que ela pode ser retirada da frase (tanto uma quanto outra forma) sem prejuízo sintático.
O teste vale a pena: o candidato tira a expressão “é que” ou “é/era/foi etc ... que” da frase e a lê. Se tudo funcionar, era mesmo a expressão de realce. Vale lembrar também que sua retirada prejudica a ênfase original do trecho, mas a alteração de uma forma pela outra, não.
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