Durkheim argumenta que, em última instância, o suicídio poss...

Alternativa correta: E - Crise.

Para entender por que a alternativa E é a correta, precisamos nos aprofundar no pensamento de Émile Durkheim, um dos principais fundadores da Sociologia. Durkheim realizou um estudo seminal sobre o suicídio, procurando entender suas causas a partir de uma perspectiva sociológica.

Durkheim argumentou que o suicídio não pode ser explicado apenas por fatores individuais, como depressão ou déficits químicos no cérebro. Em vez disso, ele propôs que a causa do suicídio é social. Em suas pesquisas, Durkheim identificou que a crise – entendida como um estado social de desequilíbrio e desintegração das normas e valores – desempenha um papel central.

Vamos analisar cada uma das alternativas para entender por que a alternativa E é a mais precisa:

A - Depressão.

A depressão é uma condição psicológica que pode, de fato, levar ao suicídio. No entanto, Durkheim enfatizou que a causa última do suicídio deve ser buscada nas condições sociais e não apenas em estados individuais de saúde mental. Portanto, essa alternativa está incorreta ao focar em uma explicação individual.

B - Déficit de serotonina no cérebro.

O déficit de serotonina é uma explicação biológica para comportamentos suicidas. No entanto, Durkheim não se concentrou nos fatores biológicos ou neurológicos. Ele estava interessado nas causas sociais, tornando essa alternativa incorreta.

C - Alcoolismo.

Embora o alcoolismo possa ser um fator de risco para o suicídio, Durkheim novamente buscava causas sociais mais amplas. Ele via comportamentos como o alcoolismo como sintomas de uma crise ou desintegração social maior, não como a causa final. Portanto, essa alternativa também está incorreta.

D - Monomania.

Monomania é um termo antigo para descrever uma obsessão ou fixação mental. Essa alternativa sugere uma causa psicológica estreita, enquanto Durkheim argumentava que o suicídio é melhor explicado por fatores sociais mais amplos, tornando essa opção incorreta.

Assim, a crise – a ideia de um estado de desequilíbrio social e perda de normas e valores coletivos – é a explicação que mais se alinha com a perspectiva sociológica de Durkheim sobre o suicídio.

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