Transpondo-se para a voz passiva a frase Todos esses atribut...
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Ano: 2024
Banca:
FCC
Órgão:
TRT - 7ª Região (CE)
Prova:
FCC - 2024 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa |
Q3089872
Português
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O cantar de um hino
Já na origem grega da palavra hino (húmnos) está o sentido de
canto, de cantar Também se diz que “canta sua terra” quem decide
homenageá-la. Um hino é a homenagem que se presta à energia da
natureza de um lugar, aos seus habitantes mais empenhados, à sua
origem histórica, à sua vocação política. Nenhum desses
compromissos falta ao Hino de Fortaleza, cujas palavras compôs o
escritor cearense Gustavo Barroso (1888-1959).
A natureza comparece no “emplumado e virente coqueiro”, nas
“areias de prata”, na “manhã cristalina”; jangadas e jangadeiros são
ícones locais que nos ocorrem imediatamente; um nome como
Iracema, da tabajara “com alma de virgem”, acusa a presença forte dos
povos originais; e a menção aos “escravos partindo os grilhões” é uma
celebração da resistência do cativo.
A um hino não costuma faltar um refrão — lugar onde a poesia se
condensa e se repete ritualmente, que costuma ter grande efeito numa
interpretação coral. O refrão escolhido pelo poeta desse hino invoca o
nome querida e reiterado, a natureza luminosa e o compromisso
afetivo dos filhos do lugar, ainda quando distantes: “Fortaleza!
Fortaleza! / Irmã do Sol e do mar, / Fortaleza! Fortaleza! Sempre
havemos de te amar”. Todos esses atributos, insiste o poeta, trarão de
volta quem do lugar amado se afaste, pois tais encantos “Não se
apagam no seu coração” — como diz o verso que arremata a
homenagem prestada a Fortaleza com o hino de um filho seu.
(Justiniano Almeida Cunha, inédito)
Transpondo-se para a voz passiva a frase Todos esses atributos trarão
de volta quem do lugar amado se afaste, as formas verbais ficarão, na
ordem dada.