Com a reestruturação do modo de produção capitalista no Sécu...
(1) Pessoas desocupadas + subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas + força de trabalho potencial, dividida pela soma da força de trabalho e da força de trabalho potencial. Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua; Fundação Seade.
( ) O impacto da crise econômica mundial de 2009 sobre o nível de desemprego conjuntural no Brasil foi menor do que em muitos outros países. No Brasil a taxa de desemprego foi 6% em 2012, na Espanha ela chegou a mais de 25%. Os impactos da crise econômica no Brasil foram agravados por uma crise política, fazendo com que a taxa de desocupados seja crescente entre os anos de 2016 até 2019. ( ) Com a retomada do crescimento econômico, na segunda metade da década de 2000, o emprego formal cresceu no Brasil. A complexidade da economia atual e a crise do trabalho impõe a precarização do emprego que assume formas de trabalho autônomo, informal e terceirizado, cuja taxa de subutilização da força de trabalho é crescente entre os anos de 2016 até 2019. ( ) Os cortes nas políticas sociais e de proteção ao trabalho refletem positivamente no comportamento das pessoas que buscam novas formas de trabalho, portanto a taxa de subutilização do trabalho entre os anos de 2016 a 2019 no Brasil, que é crescente, e reflete uma nova forma de trabalho com grandes benefícios para os trabalhadores. ( ) Processo reestruturativo do capitalismo global emerge uma nova morfologia social do trabalho, em que o trabalhador aceita abrir mão dos direitos trabalhistas, a fim de manter o desenvolvimento econômico e o lucro do empregador. Neste sente sentido, não existe a formalização do trabalho, fato que justifica o crescimento da taxa de desocupação.
A sequência CORRETA é:
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O início do século XXI representou um período de mudanças que são efeito de políticas iniciadas no século XX e de transformações geradas por mudanças no mercado de trabalho. A crise de 2008 é um resultado amplo das mudanças neoliberais pelo mundo que vêm atingindo economias e trazendo à tona questões sociais e ambientais. No caso do Brasil, após um período de retomada do crescimento, garantiu-se um aumento do emprego formal e do nível de renda da população, o que evitou um primeiro impacto da crise financeira que atingiu o mundo a partir dos EUA. Entretanto, a crise política que culminou com o impeachment da presidente Dilma Roussef e a polarização esquerda/direita, trouxe de volta os efeitos da política neoliberal de desmonte do Estado para a questão do trabalho. Além disso, as rápidas mudanças tecnológicas deixaram à margem do mercado de trabalho um contingente de pessoas que não conseguiram se capacitar para essa realidade. A questão apresenta afirmativas a serem avaliadas como falsas ou verdadeiras, sobre essas questões pós-2009. Para estudo do tema O fim dos empregos de Jeremy Rifkin e Desemprego e protestos sociais no Brasil de Davisson de Souza.
AFIRMATIVA 1- O impacto da crise econômica mundial de 2009 sobre o nível de desemprego conjuntural no Brasil foi menor do que em muitos outros países. No Brasil a taxa de desemprego foi 6% em 2012, na Espanha ela chegou a mais de 25%. Os impactos da crise econômica no Brasil foram agravados por uma crise política, fazendo com que a taxa de desocupados seja crescente entre os anos de 2016 até 2019 – VERDADEIRA – os efeitos da crise de 2008 demoraram a serem sentidos no Brasil. O equilíbrio das finanças do Estado naquele momento conseguiu manter a economia em equilíbrio. Entretanto, entre 2015 e 2016, a crise política que culminou com o impeachment da presidente Dilma Roussef fez com que a questão da economia e do desemprego viessem à tona.
AFIRMATIVA 2 Com a retomada do crescimento econômico, na segunda metade da década de 2000, o emprego formal cresceu no Brasil. A complexidade da economia atual e a crise do trabalho impõe [DA1] a precarização do emprego que assume formas de trabalho autônomo, informal e terceirizado, cuja taxa de subutilização da força de trabalho é crescente entre os anos de 2016 até 2019 - VERDADEIRA – A partir de 2005, houve um maior crescimento e estabilidade econômicos, gerando empregos formais. Desde a segunda metade dos anos 2010, vivemos, além da crise econômica, uma crise do trabalho, relacionada ao desmonte neoliberal dos direitos trabalhistas e às mudanças tecnológicas. Portanto, cresceu o trabalho informal e autônomo, que dispensa as obrigações trabalhistas.
AFIRMATIVA 3: Os cortes nas políticas sociais e de proteção ao trabalho refletem positivamente no comportamento das pessoas que buscam novas formas de trabalho, portanto a taxa de subutilização do trabalho entre os anos de 2016 e 2019 no Brasil, que é crescente, e reflete uma nova forma de trabalho com grandes benefícios para os trabalhadores. – FALSA – A reforma trabalhista retirou direitos dos trabalhadores e aumentou a quantidade de trabalho informal e autônomo.
AFIRMATIVA 4: Processo reestruturativo do capitalismo global emerge uma nova morfologia social do trabalho, em que o trabalhador aceita abrir mão dos direitos trabalhistas, a fim de manter o desenvolvimento econômico e o lucro do empregador. Neste sente sentido, não existe a formalização do trabalho, fato que justifica o crescimento da taxa de desocupação. – FALSA – O trabalhador, ainda que tenha lutado pela manutenção dos seus direitos, perde-os cada vez mais em nome da manutenção de trabalho e renda. Não deseja aumentar o lucro do empregador, mas um dos efeitos do processo é exatamente esse.
A) INCORRETA
B) INCORRETA
C) INCORRETA
D) CORRETA – As duas primeiras afirmativas são verdadeiras e as outras duas são falsas.
E) INCORRETA
RESPOSTA: D
[DA1]impõem
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Comentários
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subultilização = prejuízo
Como essa taxa é crescente de 2016 até 2019 se em 2016 era 10,9 (1ºTri), 2017 13,7 (1º Tri), 2018 13,1 (1º Tri (com redução)), 12 no final de 2019. Se é crescente de 2016 ATÉ 2019, não pode ter reduções no meio.
Crescente?! A meu ver, seria se não houvesse períodos com redução entre esses anos.
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