Paciente de 30 anos de idade, G2P1, 36 semanas de gestação, ...
Paciente de 30 anos de idade, G2P1, 36 semanas de gestação, tipagem sanguínea A negativo, encontra-se em trabalho de parto. Refere pré-natal sem intercorrências e ter realizado imunoglobulina anti-D com 28 semanas de gestação. O parto evolui normalmente por via baixa e, no pós-parto, identifica-se Coombs indireto de 1:2 e tipagem do recém-nascido A positivo. Em relação a esse caso, assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
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Alternativa correta: A - A paciente não está sensibilizada, devendo-se administrar imunoglobulina anti-D no pós-parto.
O tema central desta questão é a profilaxia da isoimunização Rh em gestantes Rh-negativas. Trata-se de um conhecimento essencial em Ginecologia e Obstetrícia, principalmente no manejo de pacientes durante o pré-natal e pós-parto.
Para resolver a questão, é importante compreender que gestantes Rh-negativas com bebês Rh-positivos estão em risco de desenvolver anticorpos contra o fator Rh, o que pode causar problemas em gestações futuras. A administração de imunoglobulina anti-D previne essa sensibilização.
Justificativa para a alternativa A: A paciente, com tipagem sanguínea A negativo, recebeu imunoglobulina anti-D às 28 semanas, como recomendado para prevenção da sensibilização. No entanto, após o parto de um recém-nascido A positivo, é necessário administrar uma nova dose de imunoglobulina anti-D, pois o teste de Coombs indireto mostra uma titulação baixa (1:2), indicando que não há sensibilização significativa, e a profilaxia ainda é eficaz.
Análise das alternativas incorretas:
B - A paciente está sensibilizada, não sendo necessária a administração de imunoglobulina anti-D no pós-parto: Esta alternativa está incorreta porque a baixa titulação do Coombs indireto (1:2) não indica sensibilização significativa; portanto, a imunoglobulina anti-D é necessária para prevenir a sensibilização.
C - Não é necessária a administração de imunoglobulina anti-D no pós-parto, pois a paciente já realizou com 28 semanas de gestação: Incorreto. A administração de 28 semanas não substitui a necessidade de dose pós-parto, especialmente quando o recém-nascido é Rh-positivo.
D - Está contraindicada a imunoglobulina anti-D, já que o Coombs indireto se encontra positivo: Esta afirmação é falsa. A positividade do Coombs indireto indica que há anticorpos presentes, mas sua baixa titulação permite o uso de imunoglobulina anti-D para prevenir sensibilização futura.
E - A administração da imunoglobulina anti-D dependerá do resultado do Coombs direto: Errado. O Coombs direto é feito no recém-nascido para identificar hemólise. A decisão de administrar imunoglobulina anti-D à mãe é baseada no Rh do recém-nascido e no Coombs indireto da mãe.
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