As questões 3, 4 e 5 referem-se ao parágrafo reproduzido a s...

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As questões de 1 a 10 referem-se ao texto reproduzido a seguir.

A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade

José Ricardo Bandeira

A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.

E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.

A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.

Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.

Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil.

Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.

A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.

Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.

Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 abr. 2019

As questões 3, 4 e 5 referem-se ao parágrafo reproduzido a seguir.

E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.


Sobre os verbos em destaque, é correto afirmar:

Alternativas

Gabarito comentado

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Vamos analisar a questão proposta, que trata sobre os verbos destacados no parágrafo fornecido. O objetivo é identificar o tempo verbal e a quem eles se referem.

Alternativa D: Os três primeiros estão flexionados no tempo presente e referem-se ao mesmo sujeito.

Verbos destacados: exploram, falam, repetem, e surtiram.

Os verbos exploram, falam e repetem estão conjugados no tempo presente do modo indicativo, e todos eles se referem ao mesmo sujeito: os muitos políticos mencionados no texto.

O verbo surtiram está no pretérito perfeito, indicando uma ação concluída no passado, relacionando-se a práticas que já foram realizadas e não tiveram efeito.

Vamos agora analisar as outras alternativas para compreender por que elas estão incorretas:

Alternativa A: Afirma que os três últimos verbos estão no tempo presente, mas como vimos, surtiram está no pretérito perfeito, tornando a alternativa errada.

Alternativa B: Alega que os três primeiros verbos estão no pretérito e referem-se a sujeitos distintos. Contudo, os três primeiros verbos estão no presente e têm o mesmo sujeito, invalidando essa opção.

Alternativa C: Indica que os três últimos verbos estão no pretérito e referem-se a sujeitos distintos. Entretanto, apenas surtiram está no pretérito, enquanto os outros dois estão no presente, e ainda assim, referem-se ao mesmo sujeito dos primeiros verbos.

Por isso, a alternativa correta é a D, que afirma corretamente o tempo verbal e o sujeito dos verbos mencionados.

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