Paciente de 80 anos, sexo feminino, hipertensa, internada po...
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Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Câmara dos Deputados
Prova:
FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Médico - Área: Medicina de Emergência - Tarde |
Q2317857
Medicina
Paciente de 80 anos, sexo feminino, hipertensa, internada por
pneumonia comunitária tratada, tendo ficado 30 dias na UTI em
ventilação mecânica, com cateter vesical e cateter nasoenteral.
Atualmente está no quarto, sem febre, apenas com acesso venoso periférico e em reabilitação motora. Possui exame de urina de elementos anormais e sedimentoscopia (EAS) com presença de hifas e piúria sugestivo de candidíase.
Assinale a opção que indica a melhor conduta.
Atualmente está no quarto, sem febre, apenas com acesso venoso periférico e em reabilitação motora. Possui exame de urina de elementos anormais e sedimentoscopia (EAS) com presença de hifas e piúria sugestivo de candidíase.
Assinale a opção que indica a melhor conduta.
A questão apresentada refere-se à conduta adequada diante de um achado laboratorial específico em uma paciente idosa com histórico recente de internação na UTI e ventilação mecânica. O exame de urina (EAS) da paciente mostrou a presença de hifas e piúria, o que sugere a presença de fungos, possivelmente Candida, no trato urinário. No entanto, para iniciar o tratamento antifúngico, é necessário considerar o quadro clínico do paciente e não apenas o achado laboratorial.
A paciente em questão está sem febre e em reabilitação motora, indicando que não apresenta sintomas que sugiram infecção ativa ou disseminada. A presença de hifas na urina pode ser um achado em indivíduos colonizados, mas não necessariamente indica uma infecção que exija tratamento. Na ausência de sintomas ou sinais de infecção do trato urinário ou infecção sistêmica, a presença de Candida na urina muitas vezes representa colonização, e não infecção, especialmente em pacientes com cateteres urinários, como é o caso desta paciente.
Portanto, a conduta mais apropriada é a alternativa E - Não é necessário tratamento. Isso porque tratar a paciente com antifúngicos na ausência de sintomas pode levar ao desenvolvimento de resistência, efeitos colaterais desnecessários e custos adicionais. O tratamento antifúngico só seria considerado se houvesse evidências clínicas ou dados laboratoriais adicionais que sugerissem uma infecção invasiva por Candida. As alternativas A, B e C sugerem tratamentos com antifúngicos específicos, mas não são apropriadas nesta situação, enquanto a alternativa D sugere aguardar a urinocultura, o que não é necessário na ausência de sintomas.