Paciente de 45 anos, previamente hígida, com 36 semanas de ...

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Q2317874 Medicina
Paciente de 45 anos, previamente hígida, com 36 semanas de gestação, procura pronto-atendimento com cefaleia que persistiu mesmo após o uso de paracetamol.
Ao exame: PA 164 x 110 mmHg, repetida e confirmada.
O tratamento por via oral, enquanto não se obtém um acesso IV, deve ser realizado, preferencialmente, com
Alternativas

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A alternativa correta para a questão é a letra E - nifedipina.

Para entender melhor, vamos analisar a situação clínica apresentada: a paciente está grávida de 36 semanas e tem hipertensão severa, suspeita de pré-eclâmpsia, evidenciada pela pressão arterial de 164 x 110 mmHg. Neste cenário, é crucial o manejo adequado da pressão arterial elevada para prevenir complicações maternas e fetais.

Nifedipina é um bloqueador dos canais de cálcio que pode ser administrado por via oral e é amplamente utilizado para o controle da hipertensão aguda em gestantes devido à sua eficácia e segurança. Por isso, é a escolha preferencial para tratamento enquanto não se obtém um acesso intravenoso.

Vamos discutir agora por que as outras alternativas estão incorretas:

  • A - Propranolol: Embora seja um beta-bloqueador utilizado em casos de hipertensão, não é a primeira escolha para crises hipertensivas em gestantes devido ao potencial de bradicardia fetal e outros efeitos adversos.

  • B - Captopril: Este é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) que não deve ser utilizado na gestação, principalmente no segundo e terceiro trimestres, pois pode causar efeitos teratogênicos e danos renais fetais.

  • C - Losartana: Assim como o captopril, a losartana pertence à classe dos antagonistas dos receptores de angiotensina II, e também é contraindicada na gravidez pelos mesmos riscos teratogênicos.

  • D - Espironolactona: É um diurético poupador de potássio que não é efetivo para o controle imediato de crises hipertensivas e não é recomendado em gestantes.

Portanto, na situação apresentada, nifedipina se destaca como a opção mais adequada para controle da pressão arterial, garantindo segurança tanto para a mãe quanto para o bebê.

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A paciente descrita no enunciado apresenta sinais de hipertensão arterial sistêmica, uma condição que requer atenção imediata, especialmente por estar em um estágio avançado de gestação (36 semanas). Em um cenário de urgência, onde o acesso venoso ainda não foi estabelecido, o tratamento oral é uma opção temporária para a gestão da pressão arterial elevada. A nifedipina é um bloqueador dos canais de cálcio de ação rápida e é uma escolha comum para o tratamento de crises hipertensivas na gravidez devido ao seu perfil de segurança e eficácia. Os outros medicamentos listados não são as opções preferenciais nesse cenário: propranolol (A) é um betabloqueador que pode causar bradicardia fetal; captopril (B) e losartana (C) são inibidores da ECA e antagonistas do receptor de angiotensina II, respectivamente, e ambos são contraindicados durante a gravidez, pois podem causar danos ao feto; espironolactona (D) é um diurético poupador de potássio que também não é recomendado na gravidez devido ao seu potencial teratogênico. Portanto, a alternativa E (nifedipina) é a mais apropriada para o tratamento imediato da hipertensão nesta paciente grávida até que um acesso venoso seja obtido para terapia intravenosa, se necessário.

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