Tendo em vista a produção de conhecimento no âmbito do desen...
I. Atualmente, é fácil constatar um aumento da incidência dos diagnósticos de autismo, em decorrência da alteração dos critérios diagnósticos proposta pelo DSM-5, realizado a partir de uma visão organicista e determinista do autismo.
II. A psicanálise propõe uma visão semelhante ao quadro apresentado pelo DSM-5, e entende que um bebê com sinais de desconexão é uma criança em sofrimento psíquico e em risco de evolução autística, evolução que pode, porém, ser interrompida caso haja uma intervenção a tempo.
III. Desta perspectiva psicanalítica, a prevenção e a intervenção precoces aparecem como respostas possíveis, tanto para combater a fúria diagnóstica como para intervir precocemente logo que surjam os sinais de risco de evolução autística – preconizando as orientações do DSM5.
Assinale:
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a E: "Se apenas I é verdadeira".
Para compreender essa questão, é importante ter em mente a relação entre a abordagem psicanalítica e os critérios diagnósticos do autismo conforme apresentados no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). O desenvolvimento infantil é uma área de estudo que procura identificar precocemente sinais de risco que possam levar a psicopatologias graves, como o autismo, e a psicanálise oferece uma abordagem particular para isso.
Análise das assertivas:
I. Incidência dos diagnósticos de autismo e DSM-5: Esta assertiva é verdadeira. O critério diagnóstico do DSM-5 ampliou a definição de autismo, o que, de fato, contribuiu para o aumento dos diagnósticos. Essa ampliação está ligada a uma visão mais organicista e determinista do transtorno, diferente de abordagens que consideram fatores mais amplos, como os psicanalíticos.
II. Visão da psicanálise e o DSM-5: Esta assertiva é falsa. A psicanálise não compartilha integralmente a visão do DSM-5. A proposta psicanalítica considera aspectos subjetivos e emocionais do desenvolvimento infantil, entendendo que intervenções precoces podem ajudar a evitar uma evolução para o autismo, mas sem necessariamente se alinhar ao DSM-5.
III. Prevenção e intervenção segundo a psicanálise e DSM-5: Esta assertiva é falsa. A psicanálise não necessariamente preconiza as orientações do DSM-5 para intervenções precoces. A abordagem psicanalítica foca mais em compreender e intervir nos processos emocionais e de relacionamento que podem influenciar o desenvolvimento, enquanto o DSM-5 foca em critérios diagnósticos mais estritos.
Em resumo, a questão enfatiza a necessidade de entender as diferentes abordagens para o diagnóstico e intervenção em desenvolvimento infantil, especialmente no que diz respeito ao autismo. A assertiva I é a única que reflete corretamente a realidade atual dos diagnósticos e a influência do DSM-5.
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