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Q2135229 Medicina
Um homem de 48 anos procura o serviço médico para consulta preventiva. Ele não relata doenças prévias ou uso de medicamentos, nunca fumou e consome duas taças de vinho tinto por dia às quintas, sextas e sábados. Trabalha em uma agência bancária e é sedentário. O exame físico mostra pressão arterial de 140/95mmHg, IMC de 28, e circunferência da cintura de 102cm. A propedêutica mostrou glicemia de jejum de 108mg/dl, HDL 32mg/dl, triglicérides 135mg/dl, AST 62U/l, ALT 71U/l e o ultrassom abdominal mostrou hiperecogenicidade do parênquima hepático.
A principal hipótese diagnóstica é:
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Para resolver esta questão, é necessário entender os conceitos relacionados à saúde metabólica e hepática, além de interpretar corretamente os dados clínicos e laboratoriais apresentados.

A alternativa correta é D - Esteatose hepática não alcoólica.

Vamos analisar o caso: o paciente tem 48 anos, é sedentário, trabalha em uma agência bancária e consome álcool de forma moderada. O exame revela hipertensão arterial (140/95 mmHg), um IMC de 28 (o que indica sobrepeso) e uma circunferência da cintura de 102 cm, sugerindo obesidade abdominal. Seus exames laboratoriais mostram glicemia de jejum alterada (108 mg/dl), HDL baixo (32 mg/dl) e alterações nas enzimas hepáticas (AST e ALT elevadas). Além disso, o ultrassom indica hiperecogenicidade do parênquima hepático, um achado típico de esteatose hepática.

Justificativa para a alternativa correta (D):

A Esteatose Hepática Não Alcoólica (EHNA) é comumente associada a fatores como obesidade, sedentarismo, dislipidemia (alteração dos níveis de lipídios no sangue), hipertensão e resistência à insulina, os quais estão presentes neste paciente. O consumo de álcool relatado não é suficiente para classificar a condição como esteatohepatite alcoólica, e a hiperecogenicidade no ultrassom apoia o diagnóstico de esteatose.

Por que as outras alternativas estão incorretas:

A - Cirrose hepática: A cirrose é um estágio avançado de dano hepático crônico. Não há evidências de doença hepática crônica tão avançada nos dados desse paciente, como ascite, varizes esofágicas ou encefalopatia hepática.

B - Carcinoma hepatocelular: Este é um tumor maligno do fígado, geralmente associado à cirrose ou infecção crônica por hepatite B ou C. O caso não apresenta sinais ou fatores de risco suficientes para esse diagnóstico.

C - Esteatohepatite alcoólica: Embora o paciente consuma álcool, a quantidade não é significativa para causar dano hepático alcoólico, especialmente devido à presença de fatores metabólicos que explicam melhor o quadro.

E - Esquistossomose hepatoesplênica: Esta condição é causada por infecção parasitária e é mais comum em áreas endêmicas. O quadro clínico não é compatível com esta infecção, pois os achados laboratoriais e de imagem não são típicos da esquistossomose.

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Com base nos dados apresentados, a principal hipótese diagnóstica é a esteatose hepática não alcoólica. O paciente apresenta fatores de risco para desenvolver esta condição, como obesidade, sedentarismo, pressão arterial elevada e consumo frequente de bebidas alcoólicas. Além disso, o ultrassom abdominal mostrou hiperecogenicidade do parênquima hepático, que é uma característica comum da esteatose. Outras condições hepáticas, como cirrose e carcinoma hepatocelular, geralmente apresentam sintomas mais evidentes e alterações laboratoriais mais significativas. A esquistossomose hepatoesplênica é uma doença parasitária e não está relacionada aos achados apresentados pelo paciente.

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