Um homem de 48 anos procura o serviço médico para consulta ...
A principal hipótese diagnóstica é:
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Para resolver esta questão, é necessário entender os conceitos relacionados à saúde metabólica e hepática, além de interpretar corretamente os dados clínicos e laboratoriais apresentados.
A alternativa correta é D - Esteatose hepática não alcoólica.
Vamos analisar o caso: o paciente tem 48 anos, é sedentário, trabalha em uma agência bancária e consome álcool de forma moderada. O exame revela hipertensão arterial (140/95 mmHg), um IMC de 28 (o que indica sobrepeso) e uma circunferência da cintura de 102 cm, sugerindo obesidade abdominal. Seus exames laboratoriais mostram glicemia de jejum alterada (108 mg/dl), HDL baixo (32 mg/dl) e alterações nas enzimas hepáticas (AST e ALT elevadas). Além disso, o ultrassom indica hiperecogenicidade do parênquima hepático, um achado típico de esteatose hepática.
Justificativa para a alternativa correta (D):
A Esteatose Hepática Não Alcoólica (EHNA) é comumente associada a fatores como obesidade, sedentarismo, dislipidemia (alteração dos níveis de lipídios no sangue), hipertensão e resistência à insulina, os quais estão presentes neste paciente. O consumo de álcool relatado não é suficiente para classificar a condição como esteatohepatite alcoólica, e a hiperecogenicidade no ultrassom apoia o diagnóstico de esteatose.
Por que as outras alternativas estão incorretas:
A - Cirrose hepática: A cirrose é um estágio avançado de dano hepático crônico. Não há evidências de doença hepática crônica tão avançada nos dados desse paciente, como ascite, varizes esofágicas ou encefalopatia hepática.
B - Carcinoma hepatocelular: Este é um tumor maligno do fígado, geralmente associado à cirrose ou infecção crônica por hepatite B ou C. O caso não apresenta sinais ou fatores de risco suficientes para esse diagnóstico.
C - Esteatohepatite alcoólica: Embora o paciente consuma álcool, a quantidade não é significativa para causar dano hepático alcoólico, especialmente devido à presença de fatores metabólicos que explicam melhor o quadro.
E - Esquistossomose hepatoesplênica: Esta condição é causada por infecção parasitária e é mais comum em áreas endêmicas. O quadro clínico não é compatível com esta infecção, pois os achados laboratoriais e de imagem não são típicos da esquistossomose.
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