O esôfago de Barrett é definido como a substituição do epit...

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Q2302366 Medicina
O esôfago de Barrett é definido como a substituição do epitélio estratificado e escamoso do esôfago pelo epitélio colunar com células intestinalizadas ou mistas, em qualquer extensão do órgão. O diagnóstico de esôfago de Barrett independe de extensão da área metaplásica. Quando, no entanto, esse segmento é inferior a 3 cm, dá-se a denominação de “Barrett curto”. Sobre o tema, analise a seguir:


I- O esôfago de Barrett é uma condição secundária à maior exposição da mucosa do esôfago ao conteúdo gástrico, seja este de natureza ácida, alcalina ou mista. II- Um aspecto importante a ser considerado em pacientes com esôfago de Barrett é o risco potencial de desenvolvimento de adenocarcinoma de esôfago. III- O risco de malignização no Barrett curto é inferior àquele observado quando as áreas de metaplasia intestinal mostram-se mais extensas. IV- Por conta desse risco menor, recomenda-se que apenas áreas mais extensas de mucosa de aspecto irregular devam ser biopsiadas.


Estão CORRETOS os itens:
Alternativas

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A alternativa correta é a B - I, II e III. O esôfago de Barrett é uma complicação crônica relacionada ao refluxo gastroesofágico, onde há uma substituição do epitélio escamoso normal do esôfago por um epitélio colunar com células que se assemelham às do intestino (metaplasia intestinal). Esta mudança é uma reação à irritação crônica causada pelo ácido estomacal e outros conteúdos gástricos que entram em contato com a mucosa do esôfago. Portanto, o item I está correto ao afirmar que o esôfago de Barrett é secundário à exposição aumentada da mucosa esofágica a conteúdos gástricos. O item II também está correto ao destacar o risco de desenvolvimento de adenocarcinoma de esôfago em pacientes com esôfago de Barrett. Esse risco, embora baixo, torna importante a vigilância desses pacientes por meio de endoscopia e biópsias periódicas. O item III está correto ao mencionar que o risco de malignização é menor no Barrett curto (segmento com metaplasia inferior a 3 cm) em comparação com áreas mais extensas de metaplasia intestinal. No entanto, o item IV está incorreto. Em pacientes com esôfago de Barrett, as diretrizes recomendam que todas as áreas de metaplasia intestinal devem ser biopsiadas, independentemente do tamanho ou aparência, para avaliar a presença de displasia ou adenocarcinoma. A biópsia direcionada para áreas irregulares pode ser adicional, mas não deve substituir a biópsia sistemática de todas as áreas de Barrett detectadas. Portanto, os itens I, II e III estão corretos e refletem as informações atuais sobre a definição, as causas, o risco de câncer e o manejo do esôfago de Barrett.

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