A respeito das técnicas de análise de risco FTA, ETA e FMEA,...
Nas técnicas de FMEA e FTA, parte-se de um evento-topo e segue-se para trás, verificando-se os eventos predecessores, e para frente, identificando-se eventos que possam decorrer do evento iniciador que levou ao acidente.
Gabarito comentado
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A alternativa correta é: Errado (E).
Vamos analisar as técnicas de análise de risco mencionadas na questão: FTA (Fault Tree Analysis), ETA (Event Tree Analysis) e FMEA (Failure Modes and Effects Analysis). Cada uma delas possui uma abordagem distinta para avaliar riscos e acidentes de trabalho.
FTA (Análise de Árvore de Falhas) é uma técnica que parte de um evento-topo, ou seja, o evento que se deseja evitar, e realiza uma análise retrospectiva. Isso significa que ela trabalha "de cima para baixo", identificando os eventos predecessores que podem levar ao evento indesejado.
ETA (Análise de Árvore de Eventos), mencionada indiretamente mas não na questão, é conhecida por seguir a análise no sentido oposto da FTA. Ela começa com um evento iniciador e projeta para frente os possíveis desdobramentos e consequências dos eventos sequenciais.
FMEA (Análise de Modos de Falha e seus Efeitos) não parte de um evento-topo como a FTA. Em vez disso, esta técnica é utilizada para identificar modos de falha potenciais em componentes ou processos e os efeitos dessas falhas, de forma mais detalhada e técnica. É uma análise preventiva e sistemática, não retrospectiva.
Portanto, a afirmação da questão está errada ao descrever que FMEA e FTA partem de um evento-topo e seguem tanto para trás quanto para frente. Esta descrição mistura conceitos de FTA e ETA e confunde a natureza do FMEA.
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Comentários
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Errado. Nas técnicas de FMEA e FTA, não se parte de um evento-topo e segue-se para trás e para frente, mas sim se adota abordagens diferentes. A FMEA é um método indutivo, que parte de um componente ou função do sistema e analisa os possíveis modos de falha e seus efeitos. A FTA é um método dedutivo, que parte de um evento indesejado (evento-topo) e busca as suas causas por meio de uma árvore lógica. Portanto, a questão está incorreta ao afirmar que essas técnicas seguem o mesmo procedimento.
- FMEA (Análise de Modo e Efeitos de Falha): Aqui, começamos olhando para cada parte ou função do sistema individualmente. Pensamos em todas as maneiras diferentes que cada parte pode falhar e o que isso causaria. É como olhar para cada peça de um quebra-cabeça e imaginar como cada uma pode não funcionar direito.
- FTA (Análise de Árvore de Falhas): Agora, em vez de olhar para as peças, começamos com o problema final que aconteceu (o evento indesejado). Daí, tentamos descobrir todas as razões possíveis que poderiam ter causado esse problema. É como se estivéssemos investigando para trás, imaginando quais situações levaram a esse resultado ruim, como se fosse uma árvore com galhos de possíveis causas.
Trocou o e pelo ou
De fato, “[...] a Análise por Árvore de Falhas – AAF, do inglês “Failure Tree Analysis – FTA”, é uma técnica dedutiva (top-down), ou seja, caminha-se do evento de topo para os eventos iniciadores.
Entretanto a Análise de Modos de Falha e Efeitos – AMFE, do inglês Failure Mode and Efect Analysis (FMEA), é indutiva (forward), ou seja, caminha-se para “frente” identificando eventos que podem decorrer de um determinado evento iniciador
Fonte: André Rocha, Edimar Natali Monteiro, Felipe Canella, Stefan Fantini
FTA (Análise de Árvore de Falhas): Esta técnica começa com um evento indesejado (evento-topo) e trabalha de forma retrospectiva para identificar suas possíveis causas. É uma abordagem dedutiva.
ETA (Análise de Árvore de Eventos): Esta técnica começa com um evento iniciador e segue para frente, explorando as possíveis consequências e desenvolvimentos a partir desse evento. É uma abordagem indutiva.
FMEA (Análise de Modos de Falha e Efeitos): Esta técnica não segue a abordagem de eventos-topo ou eventos predecessores. Em vez disso, identifica modos de falha potenciais de componentes individuais e analisa seus efeitos no sistema, sem necessariamente seguir uma sequência temporal de eventos.
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