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Q2113416 História
Insatisfeitos com a decisão do Supremo Tribunal Federal que os impedia de assumir cargos no Poder Legislativo, a 12 de setembro de 1963, alguns militares da Forças Armadas Brasileiras se rebelaram e tentaram tomar o controle de instalações governais em Brasília. Embora rapidamente reprimida, a revolta expos o enfraquecimento do Governo de João Goulart. O levante militar ficou conhecido como:
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O evento histórico mencionado refere-se à Revolta dos Sargentos, ocorrida no Brasil em 12 de setembro de 1963. Essa tentativa de levante foi protagonizada por alguns membros das Forças Armadas Brasileiras, que se mostraram insatisfeitos com a proibição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a qual os impedia de ocupar cargos no Poder Legislativo.

A revolta foi uma resposta direta à decisão do STF, e os militares envolvidos tentaram assumir o controle de instalações governamentais em Brasília. Apesar da pronta repressão e do fracasso em alcançar seus objetivos, esse movimento evidenciou a fragilidade do governo de então presidente João Goulart, apontando para um clima de instabilidade política e descontentamento dentro da esfera militar.

O episódio é conhecido como "Revolta dos Sargentos" e é um exemplo significativo da tensão que precedeu o golpe militar de 1964, o qual resultou em um regime autoritário que durou até 1985. A questão solicitava a identificação correta desse evento, sendo a alternativa correta a letra B - Revolta dos Sargentos.

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 Constituição de 1946 proibia, embora de forma pouco explícita, que os graduados das forças armadas (sargentos, suboficiais e cabos) exercessem mandato parlamentar em nível municipal, estadual ou federal. Nesse sentido, o direito à elegibilidade foi o móvel principal das campanhas reivindicatórias da categoria, que começou a se organizar no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Durante o mandato de João Goulart (1961-1964), o movimento dos sargentos foi fortalecido devido à sua participação durante os meses de agosto e setembro de 1961 na campanha da legalidade, que garantira a posse de Goulart na presidência da República. Nessa conjuntura favorável, a luta pela elegibilidade ganhou novo impulso. Além disso, o movimento dos sargentos, através das suas lideranças, apoiava as reformas de base (agrária, urbana, educacional, constitucional etc.) preconizadas pelo governo.

No Rio Grande do Sul, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) impugnou a candidatura do sargento do Exército Aimoré Zoch Cavalheiro, alegando que os sargentos, suboficiais e cabos eram inelegíveis. Aimoré acabou concorrendo porque impetrou mandado de segurança e recorreu da decisão do TRE, sendo eleito deputado estadual pelo PTB. Não pôde, entretanto, tomar posse. Em São Paulo, o sargento do Exército Edgar Nogueira Borges elegeu-se vereador à Câmara Municipal da capital paulista na legenda do PTB, mas também foi impedido de assumir o cargo.

Deflagrada a rebelião, cerca de seiscentos cabos, sargentos e suboficiais da Aeronáutica e da Marinha se apoderaram dos prédios onde estavam instalados o Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), a Estação Central da Rádio Patrulha, o Ministério da Marinha, a Rádio Nacional e o Departamento de Telefones Urbanos e Interurbanos (DTUI). As comunicações da cidade com o resto do país foram cortadas. Um grupo de 150 cabos e sargentos tentou ocupar o Ministério da Aeronáutica, mas a recusa da guarda de plantão do edifício em aderir forçou-os a se retirarem. O presidente Goulart se encontrava fora de Brasília, em visita à cidade de Pelotas (RS).

Suspeitos de terem participado do planejamento da rebelião, os principais líderes do movimento dos sargentos foram imediatamente presos no Rio, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Foi instaurado um inquérito policial-militar (IPM) na 2ª Auditoria do Exército, em São Paulo. Em 19 de março de 1964, os 19 indiciados no IPM — todos sargentos — foram condenados a quatro anos de prisão.

Fonte:https://atlas.fgv.br/verbete/6363

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