Marque a opção em que a partícula “que” tenha a função morf...
Leia o texto e responda a questão.
Coleguismo
Dois assaltantes assaltaram-se mutuamente e foram separados por um terceiro assaltante, que exigiu deles o produto dos dois assaltos. Como eram dois contra um, acabaram subjugando o terceiro e reclamaram não só a devolução do que lhe haviam cedido como ainda o que ele já trazia no bolso.
Foram atendidos, mas continuou a pendência,
pois o assaltante nº 1 queria de volta o que perdera e o
que ganhara, o nº 2 pretendia o mesmo, e o nº 3 tentou
acalmá-los, ao mesmo tempo que pleiteava a devolução
do seu e mais cinquenta por cento do que pertencia a
cada. Esclareceu que, desistindo do total, contribuía para
a união e harmonia da classe.
Os outros não se mostraram persuadidos e, à falta de tribunal especializado que dirimisse a questão, acordaram em submetê-la ao julgamento de um passante que, pelo aspecto, merecesse fé. O senhor bem vestido, de roupa escura, que se aproximou e ouviu a exposição do caso, abanou a cabeça lamentando:
– Não posso decidir contra colegas. Também sou assaltante.
E deu no pé, antes que os três lhe reclamassem o dele.
(ANDRADE, Carlos Drummond. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: J.
Olympio Editora, 1985.)
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Vamos analisar a questão sobre a partícula "que" e suas funções morfossintáticas. A questão pede para identificar a alternativa em que "que" atua como pronome relativo.
O pronome relativo é uma palavra que substitui um termo anterior, chamado antecedente, e introduz uma oração subordinada adjetiva. Ele tem a função de ligar essa oração ao antecedente, e o pronome "que" é um dos mais comuns nessa função.
Vamos analisar as alternativas:
A - Foram separados por um terceiro assaltante, que exigiu deles o produto dos dois assaltos.
Nessa frase, "que" é um pronome relativo. Ele se refere ao termo "um terceiro assaltante", conectando a oração subordinada adjetiva "que exigiu deles o produto dos dois assaltos" ao antecedente. É a alternativa correta.
B - Antes que os três lhe reclamassem o dele.
Aqui, "que" não é um pronome relativo. Ele introduz uma oração subordinada adverbial de tempo, atuando como conjunção subordinativa temporal. Portanto, está incorreta.
C - Ao mesmo tempo que pleiteava a devolução do seu.
Em C, "que" também atua como uma conjunção subordinativa, especificamente introduzindo uma oração subordinada adverbial de tempo. Não é um pronome relativo, logo, está incorreta.
D - Esclareceu que, desistindo do total, contribuía para a união e harmonia da classe.
Na alternativa D, "que" é uma conjunção integrante, introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Não faz referência a um antecedente, portanto, não é um pronome relativo. Alternativa incorreta.
Ao revisar as alternativas, podemos concluir que a opção A é a única em que "que" atua como pronome relativo, ligando a oração ao seu antecedente.
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Comentários
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G= A
Qaul seria a função da palavra ""que"" na alternativa C?
Ao meu ver ,o que da letra C é uma partícula expletiva. Sua retirada não altera o sentido da oração.
A: Pronome Relativo (o qual)
B: preposição acidental (de)
C: Partícula Expletiva
D: Conjunção Integrante (isso)
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