Ao discutir o plano urbanístico de Paris executado pelo barã...

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Ano: 2024 Banca: IF-SP Órgão: IF-SP Prova: IF-SP - 2024 - IF-SP - Professor EBTT - Arquitetura |

Q3045455 Arquitetura

Ao discutir o plano urbanístico de Paris executado pelo barão Georges Eugène Haussmann, no século XIX, Leonardo Benévolo (1998), em História da Arquitetura Moderna, aponta que os arquitetos tiveram uma participação pequena nas tomadas de decisão das intervenções urbanas parisienses, ficando responsáveis pela execução dos projetos de edifícios, muitos deles encomendados pelo barão. Segundo o autor, naquele período predominavam as linguagens neoclássica e neogótica nas novas edificações, mas ganhava destaque uma nova linguagem que abrangia não apenas o clássico e o gótico, como também expressões arquitetônicas de outros períodos e localidades fora do contexto europeu, tratava-se da adoção do ecletismo na arquitetura.

A respeito da linguagem eclética proposta aos novos edifícios parisienses, podemos afirmar que

bem aceito pelos críticos do período, o ecletismo trazia consigo um racionalismo pertinente para a Era Industrial, ao respeitar a natureza dos materiais e explorar as novas técnicas da construção civil. A qualidade de reunir diversas linguagens em um só edifício foi entendida como uma atitude democrática, coerente com as perspectivas do plano urbanístico de Paris.

a adoção do ecletismo só foi possível pelo conhecimento e publicização da produção arquitetônica de outros países, além dos europeus, e de outros períodos históricos. Isso possibilitou a ampliação do repertório arquitetônico, trazendo outras alternativas aos profissionais que, até então, estavam restritos às linguagens neoclássicas e neogóticas.

o ecletismo foi uma linguagem que vislumbrava a reprodução, sem postura crítica, das expressões arquitetônicas do passado. Seu caráter rigorosamente historicista e mimético limitava a ação criadora dos arquitetos, que não conseguiram produzir edifícios com originalidade plástica. Por essa razão, foi duramente rejeitado pelos parisienses que impediram a construção de edificações ecléticas.

com a adoção do ecletismo houve a reaproximação da arquitetura e da construção, da arte e da técnica, distanciadas com a propagação do neoclassicismo. Todos os novos edifícios parisienses construídos após o plano de Haussmann adotaram essa nova linguagem arquitetônica, que enfatizava a liberdade artística do arquiteto ao ignorar todas as normativas do passado academicista, como simetria e proporção.

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