Considerando os verbos e as locuções verbais do seguinte tr...
Experiências parisienses
Rubinstein apoiou fortemente Villa-Lobos na realização de seu sonho de longa data: ir a Paris para poder, lá, dedicar-se exclusivamente a seu trabalho de composição. Para fundar o projeto em uma base realista, Rubinstein sugeriu estabelecer um plano de financiamento que foi adotado por alguns amigos de Villa-Lobos. A imprensa relatou sobre isso: “Tudo indica que é chegado o momento de encaminhar para a Europa esse formoso talento que ontem foi delirantemente aplaudido”.
Para colocar à disposição os meios necessários, o deputado Arthur Lemos apresentou uma proposta na câmara municipal de vereadores em julho de 1922 sob o título: “Para a divulgação de nossa música no exterior”. Foram pedidos 108 contos de réis – segundo a moeda de hoje, aproximadamente, 30 mil reais – para que pudessem ser realizados, ao total, 24 concertos com obras de compositores brasileiros nas capitais musicais da Europa. Já em 1912, Nepomuceno, Oswald, Braga e Nascimento haviam encaminhado uma iniciativa semelhante para o jovem compositor, muito promissor, Glauco Velásquez. O projeto contudo, fracassou, e Velásquez morreu dois anos mais tarde.
A fim de propagar seu objetivo, Villa-Lobos realizou uma série de oito concertos – quatro no Rio de Janeiro, quatro em São Paulo –, os quais ele dedicou a algumas personalidades de destacada posição social: ao presidente Epitácio Pessoa, ao vice-presidente Estácio Coimbra, ao senador Marcílio Lacerda e ao milionário Arnaldo Guinle. [...]
Apesar de todos os esforços, Villa-Lobos não conseguiu influenciar o ambiente no sentido intencionado. Não houve número considerável de público nem uma ressonância notável por parte da imprensa, e as personalidades importantes solicitadas também se mantiveram reservadas. O quarto concerto no Rio de Janeiro teve até mesmo de ser cancelado, já que não houve venda suficiente de ingressos. Ronald de Carvalho censurou, por conseguinte, em um artigo de jornal, a “decadência” do público no Rio de Janeiro. [...]
NEGWER, M. Villa-Lobos. O florescimento da música brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2009. p. 141-142. (adaptado)
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Comentários
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GABARITO: A
Ficaria assim: “Serão pedidos 108 contos de réis – segundo a moeda de hoje, aproximadamente, 30 mil reais – para que possam ser realizados
Qual o erro da D
O certo seria: Para que seja realizado?
Olá, Magali,
A voz passiva sintética é composta pelo verbo + pronome apassivador "se". Só com essa informação já mata a alternativa, por não apresentar a partícula apassivadora.
Magali, acredito que a forma correta seria: "para que se pudessem realizar".
a) Certo
b) a locução “foram pedidos” é uma voz passiva que não apresenta sujeito Errado
O sujeito é chamado de paciente, pois sofre a ação descrita pelo verbo.
c) se, no lugar de “24 concertos”, houvesse “um único concerto”, a locução “pudessem ser realizados” continuaria inalterada Errado
Pois teria que concordar com “um único concerto” ficaria pudesse ser realizado
d) se a voz passiva analítica “pudessem ser realizados” fosse transformada em voz passiva sintética, o resultado seria “para que se possa realizar” Errado
O verbo "poder" teria de ser empregado no plural para concordar com é 24 concertos.
e) o trecho apresenta mais de um período. Errado
O trecho possui um único período, encerrado pelo ponto final
Período é encerrado por um sinal de pontuação ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação ou reticências.
''Persista. Não desista. Deus está preparando algo maravilhoso na sua vida''
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