De acordo com o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS),...
De acordo com o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), a política de saúde mental, álcool e outras drogas avançou de forma significativa nos últimos 30 anos. Entretanto, após 2015, essa política vem sendo ameaçada. Para contribuir com o avanço da Reforma Psiquiátrica, o assistente social precisa conhecer as ameaças que pairam sobre essa política, entre as quais:
1) o incentivo à redução dos hospitais psiquiátricos mediante alteração da lógica de financiamento da política de saúde mental.
2) a regulamentação e o financiamento de comunidades terapêuticas, para tratamento de pessoas com dependência de álcool e outras drogas, conforme deliberação do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad).
3) a defesa da cidadania como valor fundante e organizador do processo de tratamento de pessoas com transtorno e sofrimento mental, construída de forma participativa e democrática.
4) a valorização da abordagem da redução de danos, dentro da estratégia nacional de enfrentamento das drogas, secundarizando a abstinência e as ações repressivas de redução da oferta.
5) o retrocesso nas diretrizes da Reforma Sanitária e nas ações da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), restringindo o financiamento, reintroduzindo na rede os hospitais psiquiátricos, inclusive com a internação de crianças, e privilegiamento da lógica biomédica.
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Tema central da questão: Esta questão aborda as ameaças à política de saúde mental no Brasil, especialmente na perspectiva da reforma psiquiátrica e do papel do assistente social em reconhecer essas ameaças. É importante compreender o contexto de avanços e retrocessos nessa área, com foco nas políticas públicas e intervenções sociais.
Resumo teórico: A política de saúde mental no Brasil passou por significativas transformações nas últimas décadas, destacando-se pela Reforma Psiquiátrica, que busca substituir o modelo manicomial por uma lógica de cuidado em liberdade, enfatizando a cidadania e os direitos humanos. No entanto, após 2015, observou-se um movimento de retrocesso em algumas diretrizes, como a reintrodução de hospitais psiquiátricos e a valorização excessiva do modelo biomédico.
Fontes relevantes: A Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei n° 10.216/2001) e diretrizes do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) são fundamentais para entender o contexto das políticas de saúde mental no Brasil.
Justificação da alternativa correta (C - 2 e 5):
A alternativa 2 menciona a regulamentação e financiamento de comunidades terapêuticas para tratamento de dependentes de álcool e outras drogas. Esta é uma crítica frequente, pois essas comunidades nem sempre seguem princípios de direitos humanos e de cuidado em liberdade, podendo representar uma ameaça à lógica da reforma psiquiátrica.
A alternativa 5 destaca o retrocesso nas diretrizes da reforma sanitária e nas ações da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Este retrocesso inclui a reintrodução de hospitais psiquiátricos e priorização da lógica biomédica, que são vistos como ameaças à política de saúde mental baseada em cuidados comunitários e em liberdade.
Análise das alternativas incorretas:
A - 3 e 4: A alternativa 3 trata da defesa da cidadania e processo participativo no tratamento, que são diretrizes positivas e não ameaças à política. A 4 refere-se à redução de danos, que é uma abordagem progressista, não uma ameaça.
B - 1, 2 e 3: A alternativa 1 fala sobre a redução de hospitais psiquiátricos, que é um aspecto positivo da reforma psiquiátrica e não uma ameaça. Como já mencionado, a 3 também é uma diretriz positiva.
D - 2 e 4: A alternativa 4 é incorreta no contexto de ameaças, pois a redução de danos é uma prática alinhada com políticas de saúde mental progressistas.
E - 1, 3 e 5: Novamente, a alternativa 1 é uma medida positiva, não uma ameaça, e a 3 é uma diretriz benéfica.
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2) a regulamentação e o financiamento de comunidades terapêuticas, para tratamento de pessoas com dependência de álcool e outras drogas, conforme deliberação do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad).
5) o retrocesso nas diretrizes da Reforma Sanitária e nas ações da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), restringindo o financiamento, reintroduzindo na rede os hospitais psiquiátricos, inclusive com a internação de crianças, e privilegiamento da lógica biomédica.
Eu acertei, porém não entendi pq "a regulamentação e o financiamento de comunidades terapêuticas..." é uma ameaça à política de Saúde Mental. Alguém poderia explicar?
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