Água potável deve estar em conformidade com o padrão de subs...
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A alternativa correta é a D - avaliação semanal da concentração de clorofila no manancial.
Tema da questão:
O tema aborda o monitoramento da qualidade de água potável, com foco específico na presença de cianotoxinas, substâncias tóxicas produzidas por cianobactérias. Essas bactérias são comuns em ambientes aquáticos e podem proliferar em grande número, principalmente em condições de alta concentração de nutrientes e temperaturas elevadas, formando florações.
No contexto de controle da qualidade da água, é essencial monitorar essas florações porque as cianotoxinas podem representar riscos significativos à saúde humana. Para isso, existem várias metodologias recomendadas para a detecção e controle dessas substâncias.
Análise das alternativas:
- A - medida diária do pH da água: Embora o pH seja um parâmetro importante para a qualidade da água, ele não é um indicador direto da presença de cianobactérias ou cianotoxinas.
- B - determinação diária da turbidez da água: A turbidez pode indicar a presença de partículas suspensas na água, mas também não é um indicador direto das florações de cianobactérias.
- C - cultura semanal de alíquotas de água: Este método é mais laborioso e não permite uma resposta rápida para o controle das florações.
- E - utilização de algicidas na prevenção da proliferação: O uso de algicidas pode ser uma medida de controle, mas não é uma estratégia de monitoramento.
Justificativa da alternativa correta:
A avaliação semanal da concentração de clorofila no manancial é uma estratégia bem estabelecida para monitoramento de cianobactérias. Isso porque a clorofila é o pigmento fotossintético presente em todas as plantas e cianobactérias, e sua concentração pode ser utilizada como um indicador indireto da biomassa dessas algas. Quando há um aumento na concentração de clorofila, pode-se presumir um aumento na presença de cianobactérias, permitindo ações preventivas e corretivas antes que a proliferação alcance níveis perigosos.
Além disso, a medição da clorofila é uma técnica relativamente simples, rápida e capaz de fornecer dados em tempo hábil para a gestão da qualidade da água, tornando-a uma escolha adequada para o monitoramento contínuo e eficaz.
Espero que esta explicação tenha deixado claro o motivo pelo qual a alternativa D é a correta e tenha ajudado a entender melhor o processo de monitoramento da qualidade da água potável.
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PORTARIA 2914/2011
CAPÍTULO VI
DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Art. 40 - Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água para consumo humano, supridos por anancial superficial e subterrâneo, devem coletar amostras semestrais da água bruta, no ponto de captação, para análise de acordo com os parâmetros exigidos nas legislações específicas, com a finalidade de avaliação de risco à saúde humana.
§ 1o - Para minimizar os riscos de contaminação da água para consumo humano com cianotoxinas, deve ser realizado o monitoramento de cianobactérias, buscando-se identificar os diferentes gêneros, no ponto de captação do manancial superficial, de acordo com a Tabela do Anexo XI a esta Portaria, considerando, para efeito de alteração da frequência de monitoramento, o resultado da última amostragem.
§ 2o - Em complementação ao monitoramento do Anexo XI a esta Portaria, recomenda-se a análise de clorofila-a no manancial, com frequência semanal, como indicador de potencial aumento da densidade de cianobactérias.
§ 3o - Quando os resultados da análise prevista no § 2o deste artigo revelarem que a concentração de clorofila-a em duas semanas consecutivas tiver seu valor duplicado ou mais, deve-se proceder nova coleta de amostra para quantificação de cianobactérias no ponto de captação do manancial, para reavaliação da frequência de amostragem de cianobactérias.
§ 4o - Quanto a densidade de cianobactérias exceder 20.000 células/ml, deve-se realizar análise de cianotoxinas na água do manancial, no ponto de captação, com frequência semanal.
§ 5o - Quando as concentrações de cianotoxinas no manancial forem menores que seus respectivos VMPs para água tratada, será dispensada análise de cianotoxinas na saída do tratamento de que trata o Anexo XII a esta Portaria.
§ 6o - Em função dos riscos à saúde associados às cianotoxinas, é vedado o uso de algicidas para o controle do crescimento de microalgas e cianobactérias no manancial de abastecimento ou qualquer intervenção que provoque a lise das células.
§ 7o - As autoridades ambientais e de recursos hídricos definirão a regulamentação das excepcionalidades sobre o uso de algicidas nos cursos d'água superficiais.
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