Leia o texto a seguir. A Consciência Feliz repele a conexão...

A alternativa correta é E - conformismo, faceta da racionalidade tecnológica.

Herbert Marcuse, em sua obra A Ideologia da Sociedade Industrial, aborda a ideia de "consciência feliz", que descreve um estado onde os indivíduos, satisfeitos com o status quo, não questionam as estruturas e ideologias dominantes. Essa consciência está intimamente ligada ao conceito de conformismo, advindo da racionalidade tecnológica, onde a tecnologia e a eficiência se tornam fins em si mesmos, moldando a sociedade e os indivíduos a ponto de inibir a crítica e a resistência.

Vamos agora analisar as alternativas incorretas para compreendermos melhor o contexto da questão:

A - relativismo, alçado na racionalidade ambivalente. Embora o relativismo possa aludir a uma flexibilidade de valores e crenças, a ideia de "consciência feliz" de Marcuse não se relaciona com relativismo, mas com a aceitação passiva e acrítica de um sistema tecnocrático e consumista.

B - totalitarismo, causa da racionalidade perturbadora. O totalitarismo implica uma dominação política e social mais explícita e agressiva, enquanto a "consciência feliz" refere-se a uma forma mais sutil de controle que utiliza a tecnologia e o consumo para assegurar o conformismo.

C - operacionalismo, elaborada pela racionalidade operacional. O operacionalismo refere-se a uma abordagem prática ou pragmática voltada para a eficiência em processos, enquanto a "consciência feliz" de Marcuse está mais ligada à aceitação do status quo tecnológico/social, não apenas à eficiência operacional.

D - pessimismo, produto da racionalidade behaviorista. Pessimismo e behaviorismo não são adequados para descrever a "consciência feliz". O behaviorismo é uma teoria psicológica que analisa o comportamento, enquanto o pessimismo refere-se a uma visão negativa do futuro, o que não se encaixa na ideia de conformismo feliz e acrítico.

Em resumo, a "consciência feliz" de Marcuse é uma crítica à forma como a racionalidade tecnológica molda indivíduos e sociedades para aceitar inquestionavelmente as normas e práticas estabelecidas, sem se engajar em críticas ou mudanças necessárias.

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