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Q2799309 História

“Foi no amanhecer de 1° de abril de 1964. Na véspera o presidente João Goulart viajara ao Rio ignorando que o país já estava mergulhado na crise que poria fim ao seu governo. Logo cedo, no Palácio das Laranjeiras, onde pernoitara, recebeu de seus assessores imediatos a informação de que unidades revoltadas do Exército estavam marchando para depô-lo. Alguns desses assessores, sobretudo os mais ferrenhos defensores da situação, ainda tentaram minimizar a rebelião, procurando convencer João Goulart de que os militares lhes eram leias e logo deteriam a facção revoltosa.” (SKIDMORE, Thomás. Brasil: de Castelo a Tacredo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, . 19.)

Sobre as origens do golpe que deu origem à ditadura militar a partir de abril de 1964, assinale a alternativa correta:

Alternativas

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A alternativa correta é a E.

A questão aborda as origens do golpe militar de 1964 no Brasil e exige um entendimento das motivações e dos atores envolvidos nesse processo histórico. Nesse contexto, é crucial compreender o papel das forças armadas, das ideologias em jogo e das influências externas na política brasileira da época.

Alternativa E - Correta: Esta alternativa afirma que os militares conspiradores de 1964 sustentavam ideias anticomunistas desenvolvidas na ESG (Escola Superior de Guerra), segundo o modelo do Nacional War College dos Estados Unidos. Essa é a alternativa correta porque reflete a realidade do período. A ESG era uma instituição de formação de oficiais das forças armadas e influenciava fortemente a doutrina militar brasileira. Durante a Guerra Fria, muitos militares passaram a ver o comunismo como uma ameaça e a ESG, inspirada em modelos norte-americanos, reforçava essa visão. Esse anticomunismo foi um dos principais motores do golpe de 1964.

Alternativa A: Incorreta. A alegação de que os militares revoltosos de 1964 queriam evitar o alinhamento do Brasil com os Estados Unidos e a lógica de mercado não reflete a realidade. Na verdade, os militares eram, em sua maioria, favoráveis a um alinhamento com os Estados Unidos e à lógica de mercado, em oposição ao que consideravam ser uma ameaça comunista.

Alternativa B: Incorreta. Esta alternativa contém um anacronismo histórico. A radicalidade anticomunista dos militares brasileiros não pode ser diretamente ligada ao suicídio de Getúlio Vargas em 1954. Embora Vargas tenha enfrentado oposição de setores conservadores, sua política externa não estava alinhada com a União Soviética. Além disso, o anticomunismo militar brasileiro se intensificou durante a Guerra Fria, após a Revolução de 1930.

Alternativa C: Incorreta. João Goulart nunca se desvinculou do PTB para se filiar à UDN. Na verdade, ele sempre foi uma figura proeminente do PTB, partido trabalhista que tinha raízes populares e sindicais. A insatisfação política em relação a Goulart estava mais ligada às suas políticas reformistas e ao temor de que estivesse promovendo uma guinada à esquerda.

Alternativa D: Incorreta. Esta alternativa afirma que João Goulart contou com o apoio de governadores como Carlos Lacerda, Adhemar de Barros e Magalhães Pinto, além de jornais influentes. Na verdade, esses governadores e jornais estavam entre os principais opositores de Goulart e apoiaram o golpe de 1964. Eles viam as políticas de Goulart como uma ameaça à ordem e à estabilidade.

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Os militares conspiradores de 1964 sustentavam ideias anticomunistas desenvolvidas na ESG (Escola Superior de Guerra), segundo o modelo do Nacional War College dos Estados Unidos;

Quem marcar a D estuda qualquer coisa, menos História.

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