Homem de 32 anos, sabidamente portador do HIV, em uso profil...

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Q1760834 Medicina
Homem de 32 anos, sabidamente portador do HIV, em uso profilático de SMZ+TMP, entretanto, sem controle ambulatorial há mais de dois anos, evolui com quadro súbito de diminuição da força muscular em membro superior esquerdo. Está muito emagrecido e não sabe dizer sobre sua contagem de leucócitos ou carga viral. Ao dar entrada na emergência do hospital, nota-se, além de plegia em MSE, discreta alteração da marcha associada à leve diminuição da força motora também em MIE. No momento, não há disponibilidade de exames de imagem como ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
Em relação a esse quadro, a conduta imediata consiste em
Alternativas

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Para resolver essa questão, é necessário ter um bom entendimento sobre doenças oportunistas associadas ao HIV, especialmente em pacientes sem acompanhamento regular. O tema central aqui é a identificação rápida e o manejo de condições neurológicas em pacientes imunocomprometidos.

A alternativa correta é a Alternativa D: "iniciar tratamento para neurotoxoplasmose imediatamente, enquanto aguarda os exames de imagem."

Justificativa para a Alternativa D:

Em pacientes com HIV, a neurotoxoplasmose é uma das infecções oportunistas mais comuns. Dada a apresentação clínica de déficit neurológico focal e o histórico de não acompanhamento, é prudente iniciar o tratamento empírico para neurotoxoplasmose, uma vez que a doença pode evoluir rapidamente e há tratamento efetivo disponível.

Análise das Alternativas Incorretas:

Alternativa A: "tratar de acidente vascular cerebral isquêmico, e está indicado tratamento trombolítico, caso os sintomas tenham menos de 4 horas."

O quadro descrito pode imitar um acidente vascular cerebral (AVC), mas em um paciente com HIV, especialmente sem controle ambulatorial, as infecções oportunistas são mais prováveis. Além disso, o tratamento trombolítico sem confirmar o diagnóstico por imagem poderia ser arriscado, pois outras condições podem mimetizar um AVC.

Alternativa B: "o diagnóstico mais provável é lesão compressiva por linfoma e a conduta deve ser expectante até realização de imagens."

Embora linfoma seja possível em pacientes com HIV, a abordagem expectante não é adequada devido à gravidade dos sintomas. Esperar por imagens sem iniciar tratamento pode levar a piora do quadro.

Alternativa C: "pela possibilidade de leucoencefalopatia multifocal progressiva, não há tratamento efetivo no momento e deve-se aguardar a tomografia."

A leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) é uma consideração em pacientes com HIV, mas geralmente não se apresenta com resposta rápida a tratamentos específicos e aguardar sem intervenção imediata pode não ser a melhor conduta, especialmente se a toxoplasmose for a verdadeira causa.

Em resumo, a neurotoxoplasmose é uma condição tratável e a conduta de iniciar o tratamento enquanto se aguardam exames de imagem é a mais indicada.

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A resposta correta é a alternativa D, iniciar tratamento para neurotoxoplasmose imediatamente, enquanto aguarda os exames de imagem. O paciente, que é portador do HIV, apresenta sintomas neurológicos súbitos e o diagnóstico mais provável é neurotoxoplasmose, uma infecção oportunista comum em pacientes imunocomprometidos. O tratamento deve ser iniciado imediatamente, mesmo sem a confirmação diagnóstica, para evitar o risco de sequelas ou óbito. Além disso, é importante realizar os exames de imagem para confirmar o diagnóstico e monitorar a evolução do quadro. O tratamento trombolítico (alternativa A) não é indicado nesse caso, pois não se trata de um acidente vascular cerebral isquêmico. A conduta expectante (alternativa B) também não é adequada, pois o paciente apresenta sintomas neurológicos graves. Por fim, a leucoencefalopatia multifocal progressiva (alternativa C) é uma possibilidade diagnóstica, mas não é a mais provável nesse caso.

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