No trecho “O Canadá, a Indonésia e a União Europeia, por ex...
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Ano: 2020
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Formiga - MG
Provas:
Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Agente Social
|
Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Agente de Trânsito e Transporte |
Q1818758
Português
Texto associado
Proibir para mudar
Ao ser questionado sobre o uso de produtos descartáveis, talvez você não se lembre que provavelmente utilizou
vários deles na última semana. Grande parte das atividades
humanas modernas utiliza produtos descartáveis feitos de
material plástico e, quando paramos para observar o comércio de alimentos e bebidas, vemos que o uso desses materiais
é significativamente mais expressivo.
Anualmente, são geradas cerca de 300 milhões de toneladas de lixo plástico no mundo, sendo 14% desse resíduo
encaminhado para reciclagem e apenas 9% efetivamente
reciclado. Algumas pessoas têm a falsa impressão de que todos
os resíduos plásticos são recicláveis, mas produtos químicos
acrescentados aos polímeros plásticos e embalagens de alimentos contaminadas com restos orgânicos podem inviabilizar
o processo de reciclagem.
Desta forma, fica clara a necessidade de reduzir a
geração desse resíduo por meio da redução do consumo de
materiais plásticos. Vários países já estão adotando medidas
que proíbem a utilização de produtos plásticos descartáveis.
O Canadá, a Indonésia e a União Europeia, por exemplo, já
definiram uma data para a proibição; o Brasil, sendo o quarto
país que mais gera resíduos plásticos no mundo, precisa
acompanhar esse movimento.
Sob o mesmo ponto de vista, temos na utilização de
produtos descartáveis em bares e restaurantes uma grande
oportunidade de redução de consumo, visto que o volume de
itens plásticos utilizados pela maioria desses estabelecimentos
é bastante expressivo. Copos, canudos, pratos e talheres
descartáveis são utilizados cotidianamente em muitos estabelecimentos e o consumidor, tão acostumado com esse padrão
de consumo, não tem por hábito questionar a real necessidade
de utilização desses materiais.
É necessário que proprietários de bares e restaurantes
comecem a buscar produtos que possam substituir o plástico,
exercendo a mesma função, porém formados de material
biodegradável. Em contrapartida, a indústria responsável pela
produção desses produtos precisa aumentar o investimento
em pesquisa e desenvolvimento de materiais com baixo impacto ambiental, promovendo a inovação nos seus produtos
para a garantia da manutenção dos seus negócios.
Ademais, é importante destacar que nós, como consumidores, podemos adotar uma postura consciente e proativa
que não dependa da existência de políticas públicas. O
consumidor final é o agente de transformação com maior
poder nesta cadeia e podemos incentivar as marcas que
consumimos, os fornecedores que contratamos e os estabelecimentos comerciais que frequentamos a realizar iniciativas
de substituição do plástico.
Por fim, partindo do princípio de que nenhuma mudança
é fácil, devemos reconhecer, por meio da preferência, aquelas
empresas que tenham um posicionamento ativo e comprometido no que diz respeito a iniciativas de baixo impacto
ambiental, contribuindo para viabilizar essa mudança de
comportamento tão urgente e fundamental para a sustentabilidade do nosso futuro.
(ARANTES, Andréa Luiza Santos. Proibir para mudar. Disponível em:
https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/proibir-paramudar/. Acesso em: 21/01/2020.)
No trecho “O Canadá, a Indonésia e a União Europeia, por
exemplo, já definiram uma data para a proibição; o Brasil,
sendo o quarto país que mais gera resíduos plásticos no
mundo, precisa acompanhar esse movimento.” (3º§), pode-se afirmar que o ponto-e-vírgula foi usado para separar: