Em procedimentos de identificação, quando a Papiloscopia nã...
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: D - técnica submandibular
A questão aborda a identificação humana em situações onde a Papiloscopia não é viável, como em casos de desastres em massa, carbonização e putrefação. Nessas circunstâncias, a Odontologia Legal torna-se crucial, exigindo que o especialista tenha acesso amplo e boa visibilidade da cavidade bucal e suas estruturas.
Vamos entender por que a alternativa correta é a D - técnica submandibular:
Técnica submandibular: Essa técnica envolve a remoção completa da mandíbula e parte da maxila abaixo de uma linha horizontal que vai da espinha nasal até o processo pterigoide. É um procedimento essencial quando é necessário um acesso amplo para a identificação odontológica, especialmente em condições extremas.
Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:
A - técnica de Luntz: Esta técnica não se relaciona diretamente com a remoção ampla da mandíbula e parte da maxila descritas no enunciado. A técnica de Luntz é menos conhecida e não corresponde ao procedimento específico mencionado.
B - técnica maxilomandibular: Embora o nome sugira envolvimento tanto da maxila quanto da mandíbula, essa não é a denominação correta para o procedimento descrito. É um termo genérico que não detalha o processo de remoção completo das estruturas mencionadas.
C - técnica de Amoedo: A técnica de Amoedo é um método clássico na odontologia legal, mas não corresponde à descrição específica do enunciado. Esta técnica não engloba a remoção completa da mandíbula e parte da maxila conforme descrito.
E - técnica de Vanrell: Esta alternativa se refere a outra técnica utilizada na odontologia legal, mas não corresponde ao procedimento de remoção descrito na questão. É importante diferenciar cada técnica pelos detalhes específicos de suas aplicações.
Espero que essa explicação tenha clareado a compreensão da questão e das técnicas mencionadas. Se precisar de mais alguma orientação, estou à disposição!
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Comentários
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Técnica submandibular (ou da máscara):
A incisão é feita em formato de ferradura, na base até o ângulo da mandíbula, rebatendo os tecidos superiormente acima da região nasal, expondo os ossos maxilares e mandibulares.
A mandíbula é removida com um corte bilateral dos ramos, na altura dos terceiros molares. A maxila não é retirada.
A técnica submandibular causa menor prejuízo as estruturas faciais, mantendo a estética do cadáver.
Não entendi esse gabarito.
O que diferencia a técnica Submandibular, ou Inframandibular (Keiser-Nielsen) que é o gabarito da questão, da Técnica de Luntz, é que nesta, além do tipo de incisões e divulsões realizadas, ocorre a osteotomia do ramo ascendente da mandíbula, e na primeira, ocorre a desarticulação do côndilo mandibular, o que está dito no enunciado." A técnica que consiste na remoção completa da mandíbula e da porção maxilar abaixo de uma linha horizontal iniciando pela espinha nasal até o processo pterigoide é denominada técnica".
A resposta dessa questão foi retirada desse artigo: https://portalabol.com.br/rbol/index.php/RBOL/article/download/230/210/1638
Segue o trecho, página 52:
"A técnica inframandibular, desenvolvida por Keiser-Nielsen (1963), propõe uma incisão em ferradura, 2 a 3 centímetros abaixo da base da mandíbula, seguindo o contorno do ramo ascendente (Figuras 1-A e B). Uma segunda incisão inicia-se ao longo da superfície óssea externa do corpo da mandíbula até a base do vestíbulo inferior (Figura 1-C), seccionando a inserção inferior do músculo masseter e os ramos da mandíbula, o que permite desarticular a articulação temporomandibular (ATM). Outra incisão em ferradura é feita internamente acompanhando o rebordo inferior da mandíbula, até o assoalho da boca, isolando-a completamente (Figura 1-D). A maxila é isolada por meio de um corte horizontal, feito com auxílio de serra e escopro, que inicia acima da espinha nasal anterior, elevando-se ligeiramente no final do corte para evitar as raízes dos molares. Caso não seja oportuno devolver a porção removida após o exame, os espaços deixados com a retirada podem ser preenchidos com algodão, antes da sutura cutânea, de modo a restaurar o aspecto anterior." Curi JP, Heit O, Beaini TL, Michel-Crosato E, Melani RFH, Silva RHA.
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