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Ano: 2021 Banca: IDECAN Órgão: PEFOCE Prova: IDECAN - 2021 - PEFOCE - Odontologia |
Q1828241 Medicina Legal
Em procedimentos de identificação, quando a Papiloscopia não pode ser aplicada (como em desastres em massa, carbonização, putrefações e outros), a Odontologia Legal assume o protagonismo no processo de identificação humana. O acesso à cavidade bucal e suas estruturas deve ser amplo e com boa visibilidade, o que pode demandar a remoção e ressecção especializada de mandíbula ou dissecção facial. A técnica que consiste na remoção completa da mandíbula e da porção maxilar abaixo de uma linha horizontal iniciando pela espinha nasal até o processo pterigoide é denominada técnica
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa Correta: D - técnica submandibular

A questão aborda a identificação humana em situações onde a Papiloscopia não é viável, como em casos de desastres em massa, carbonização e putrefação. Nessas circunstâncias, a Odontologia Legal torna-se crucial, exigindo que o especialista tenha acesso amplo e boa visibilidade da cavidade bucal e suas estruturas.

Vamos entender por que a alternativa correta é a D - técnica submandibular:

Técnica submandibular: Essa técnica envolve a remoção completa da mandíbula e parte da maxila abaixo de uma linha horizontal que vai da espinha nasal até o processo pterigoide. É um procedimento essencial quando é necessário um acesso amplo para a identificação odontológica, especialmente em condições extremas.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

A - técnica de Luntz: Esta técnica não se relaciona diretamente com a remoção ampla da mandíbula e parte da maxila descritas no enunciado. A técnica de Luntz é menos conhecida e não corresponde ao procedimento específico mencionado.

B - técnica maxilomandibular: Embora o nome sugira envolvimento tanto da maxila quanto da mandíbula, essa não é a denominação correta para o procedimento descrito. É um termo genérico que não detalha o processo de remoção completo das estruturas mencionadas.

C - técnica de Amoedo: A técnica de Amoedo é um método clássico na odontologia legal, mas não corresponde à descrição específica do enunciado. Esta técnica não engloba a remoção completa da mandíbula e parte da maxila conforme descrito.

E - técnica de Vanrell: Esta alternativa se refere a outra técnica utilizada na odontologia legal, mas não corresponde ao procedimento de remoção descrito na questão. É importante diferenciar cada técnica pelos detalhes específicos de suas aplicações.

Espero que essa explicação tenha clareado a compreensão da questão e das técnicas mencionadas. Se precisar de mais alguma orientação, estou à disposição!

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Comentários

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Técnica submandibular (ou da máscara):

A incisão é feita em formato de ferradura, na base até o ângulo da mandíbula, rebatendo os tecidos superiormente acima da região nasal, expondo os ossos maxilares e mandibulares.

A mandíbula é removida com um corte bilateral dos ramos, na altura dos terceiros molares. A maxila não é retirada.

A técnica submandibular causa menor prejuízo as estruturas faciais, mantendo a estética do cadáver.

Não entendi esse gabarito.

gabarito D porém não sei fundamentar kkkk comentando só pra ajudar quem não é Premium

O que diferencia a técnica Submandibular, ou Inframandibular (Keiser-Nielsen) que é o gabarito da questão, da Técnica de Luntz, é que nesta, além do tipo de incisões e divulsões realizadas, ocorre a osteotomia do ramo ascendente da mandíbula, e na primeira, ocorre a desarticulação do côndilo mandibular, o que está dito no enunciado." A técnica que consiste na remoção completa da mandíbula e da porção maxilar abaixo de uma linha horizontal iniciando pela espinha nasal até o processo pterigoide é denominada técnica".

A resposta dessa questão foi retirada desse artigo: https://portalabol.com.br/rbol/index.php/RBOL/article/download/230/210/1638

Segue o trecho, página 52:

"A técnica inframandibular, desenvolvida por Keiser-Nielsen (1963), propõe uma incisão em ferradura, 2 a 3 centímetros abaixo da base da mandíbula, seguindo o contorno do ramo ascendente (Figuras 1-A e B). Uma segunda incisão inicia-se ao longo da superfície óssea externa do corpo da mandíbula até a base do vestíbulo inferior (Figura 1-C), seccionando a inserção inferior do músculo masseter e os ramos da mandíbula, o que permite desarticular a articulação temporomandibular (ATM). Outra incisão em ferradura é feita internamente acompanhando o rebordo inferior da mandíbula, até o assoalho da boca, isolando-a completamente (Figura 1-D). A maxila é isolada por meio de um corte horizontal, feito com auxílio de serra e escopro, que inicia acima da espinha nasal anterior, elevando-se ligeiramente no final do corte para evitar as raízes dos molares. Caso não seja oportuno devolver a porção removida após o exame, os espaços deixados com a retirada podem ser preenchidos com algodão, antes da sutura cutânea, de modo a restaurar o aspecto anterior." Curi JP, Heit O, Beaini TL, Michel-Crosato E, Melani RFH, Silva RHA.

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