Gregório de Matos foi um poeta barroco brasileiro que desenv...

A alternativa correta é: D - Boca do Inferno

Gregório de Matos foi um dos poetas mais importantes do Barroco brasileiro. Durante o século XVII, ele se destacou por sua vasta produção poética, que incluía poemas líricos e religiosos, mas foi na poesia satírica que ele realmente se sobressaiu. Sua capacidade de criticar e satirizar a sociedade baiana da época lhe rendeu diversos apelidos, sendo o mais conhecido deles 'Boca do Inferno'.

Esse apelido refletia sua irreverência e a maneira mordaz com que ele apontava os defeitos e as hipocrisias da sociedade. Suas críticas não poupavam ninguém: religiosos, políticos, membros da alta sociedade, todos eram alvos de suas palavras ácidas e muitas vezes humorísticas.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

A - Vitupério: Embora o termo "vitupério" refira-se a uma crítica ou ofensa, ele não é um apelido atribuído a Gregório de Matos.

B - Água Benta: Essa alternativa não faz sentido no contexto da poesia satírica de Gregório de Matos. "Água Benta" teria uma conotação religiosa, o que não se alinha com a característica crítica de sua obra.

C - Língua Ferina: Embora este termo possa descrever o estilo de Gregório de Matos, ele não é conhecido por este apelido específico.

E - Advogado do Diabo: Este termo refere-se a alguém que defende uma posição impopular ou controversa apenas para argumentar, e não é um apelido historicamente atribuído a Gregório de Matos.

Diante disso, a alternativa D - Boca do Inferno é a única correta, pois é o apelido pelo qual Gregório de Matos é amplamente conhecido.

Gregório de Matos firmou-se como o primeiro poeta brasileiro: cultivou a poesia lírica, satírica, erótica e religiosa. O que se conhece de sua obra é fruto de inúmeras pesquisas, pois Gregório não publicou seus poemas em vida. Por essa razão, há dúvidas quanto à autenticidade de muitos textos que lhe são atribuídos.

O poeta satírico

Gregório de Matos é amplamente conhecido por suas críticas à situação econômica da Bahia, especialmente de Salvador, graças à expansão econômica chegando a fazer, inclusive, uma crítica ao então governador da Bahia Antonio Luis da Camara Coutinho. Além disso, suas críticas à Igreja e a religiosidade presente naquele momento. Essa atitude de subversão por meio das palavras rendeu-lhe o apelido de "Boca do Inferno", por satirizar seus desafetos.

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