Um pai procurou uma psicóloga para atender seu filho de 8 a...

A alternativa correta é a alternativa B.

Esta questão trata de um tema delicado e importante na Psicologia Jurídica e na atuação do psicólogo, que envolve questões de gênero e o bem-estar emocional da criança. O cenário apresentado fala sobre um menino de 8 anos que demonstra comportamentos que não correspondem às expectativas de gênero de sua família e da sociedade. Esses comportamentos resultaram em estigmatização, levando a sofrimento emocional, indicado por sintomas como retraimento, crises de choro e alterações no sono e peso.

Na alternativa B, a psicóloga aceita o caso, mas deixa claro que o foco não será na orientação de gênero, mas sim no sofrimento que a criança está passando devido aos estigmas sociais. Essa abordagem é ética e adequada, pois o código de ética profissional dos psicólogos proíbe tratamentos que busquem "corrigir" ou "ajustar" a orientação de gênero ou sexualidade de um cliente. O foco deve ser sempre o bem-estar emocional e psicológico da criança.

Vamos analisar as alternativas incorretas:

A - A psicóloga aceitou trabalhar o caso com enfoque em tratar a orientação sexual. Esta alternativa está incorreta porque vai contra as diretrizes éticas da psicologia que proíbem qualquer tratamento que busque alterar ou corrigir a orientação sexual de uma pessoa. O foco deve sempre ser o apoio psicológico para lidar com as consequências do estigma e discriminação.

C - A psicóloga sugeriu ao pai que buscasse um profissional para tratar questões hormonais. Esta alternativa está incorreta porque as questões hormonais não são o foco inicial quando se trata de uma criança expressando comportamentos de gênero não normativos. Além disso, alterações hormonais são um campo da medicina, geralmente tratado por endocrinologistas, e não diretamente relacionado ao sofrimento psicológico que a criança está vivenciando.

D - A psicóloga orientou que não era caso para psicoterapia, mas sim para um psiquiatra. Esta alternativa está incorreta porque subestima o papel da psicoterapia no auxílio de crianças que enfrentam discriminação ou estigmatização. A psicoterapia é altamente relevante para ajudar a criança a processar suas experiências emocionais e desenvolver estratégias de enfrentamento.

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