Ao iniciar a fase de alfabetização de uma criança com fissur...

Vamos analisar o tema da questão, que é a alfabetização de uma criança com fissura labiopalatina já operada. Esse tema é importante na Fonoaudiologia Educacional porque aborda como as condições físicas da criança podem impactar no seu aprendizado, especialmente na linguagem e comunicação.

Primeiro, vamos entender o que é uma fissura labiopalatina: é uma abertura no lábio ou no céu da boca (palato) que ocorre quando as estruturas faciais do bebê não se fecham completamente durante o desenvolvimento. Mesmo após a cirurgia corretiva, algumas crianças podem apresentar desafios específicos na fala e audição, que podem influenciar seu processo de alfabetização.

A alternativa correta para a questão é a Alternativa C: Inteligibilidade de fala por hipernasalidade, levando à dificuldade de linguagem.

Agora, vamos entender por que esta alternativa é a correta. Crianças com fissura labiopalatina, mesmo após cirurgia, podem apresentar hipernasalidade, que é um excesso de ressonância nasal na fala. Isso ocorre porque ainda pode haver dificuldade no fechamento do palato mole durante a fala, causando sons nasais. Esta condição pode afetar a inteligibilidade da fala, ou seja, o quanto os outros conseguem entender o que a criança está dizendo. Isso impacta diretamente na linguagem e, por sua vez, na alfabetização, já que a criança pode ter dificuldades em associar sons a letras e palavras.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A: Atraso motor, acarretando dificuldades na escrita. - Apesar de crianças com fissura labiopalatina poderem ter outros desafios, o atraso motor especificamente relacionado à escrita não é uma consequência direta da fissura em si. A questão foca mais nas dificuldades de fala e linguagem.

Alternativa B: Alteração em atenção decorrente de falha em visualização. - A fissura labiopalatina está mais relacionada com questões auditivas e de fala do que visuais. Não há uma relação direta entre a fissura e dificuldades de atenção por falhas na visão, no contexto de alfabetização.

Alternativa D: Transtorno de hiperatividade devido a déficit auditivo. - Embora crianças com fissura labiopalatina possam ter algumas dificuldades auditivas, isso não resulta diretamente em transtornos de hiperatividade. O foco da questão está mais na inteligibilidade da fala e não em aspectos comportamentais como a hiperatividade.

Compreender essas nuances ajuda a identificar corretamente os desafios enfrentados pelas crianças com fissura labiopalatina no contexto educacional, permitindo intervenções mais eficazes.

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