A entubação orotraqueal traz inúmeras complicações, inclusiv...

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Q227561 Fisioterapia
A entubação orotraqueal traz inúmeras complicações, inclusive pneumonia nosocomial. A ventilação mecânica teve um avanço muito grande dos meados do século passado até os dias atuais. Hoje em dia, o fisioterapeuta tomou frente à modalidade, principalmente quando se trata de ventilação não-invasiva. Quanto a essa técnica, considere as afirmativas a seguir:

1. A seleção da interface, modalidade ventilatória e até do paciente podem predizer o sucesso ou não da sua utilização.
2. Insuficiência respiratória aguda hipoxêmica ou hipercápnica são beneficiadas com tal técnica, mas em relação ao desmame devemos ter algum critério, principalmente nas cirurgias abdominais altas.
3. É uma técnica em que temos total interação com o paciente, e este pode dar parâmetros em relação ao seu sucesso ou não, interferindo na interrupção ou continuidade da aplicação da técnica.
4. Pacientes com rebaixamento do nível de consciência se beneficiam mais da técnica, pois o fisioterapeuta consegue acoplá-lo melhor tanto na interface quanto na modalidade ventilatória.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é: B - Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Vamos entender o porquê dessa escolha.

1. Seleção da interface, modalidade ventilatória e até do paciente podem predizer o sucesso ou não da sua utilização.

Essa afirmativa é verdadeira. A ventilação não-invasiva (VNI) requer uma escolha cuidadosa da interface (como máscaras faciais ou nasais) e do modo ventilatório adequado às necessidades do paciente. Além disso, a avaliação do paciente é crucial para prever o sucesso da técnica.

2. Insuficiência respiratória aguda hipoxêmica ou hipercápnica são beneficiadas com tal técnica, mas em relação ao desmame devemos ter algum critério, principalmente nas cirurgias abdominais altas.

Essa afirmativa é verdadeira. A VNI é frequentemente utilizada em casos de insuficiência respiratória aguda, tanto hipoxêmica quanto hipercápnica. Entretanto, seu uso deve ser criterioso, especialmente no desmame pós-operatório em cirurgias abdominais, para evitar complicações.

3. É uma técnica em que temos total interação com o paciente, e este pode dar parâmetros em relação ao seu sucesso ou não, interferindo na interrupção ou continuidade da aplicação da técnica.

Essa afirmativa é verdadeira. Na VNI, a interação com o paciente é contínua, permitindo ajustes conforme o feedback direto sobre seu conforto e eficácia, o que é essencial para o sucesso do tratamento.

4. Pacientes com rebaixamento do nível de consciência se beneficiam mais da técnica, pois o fisioterapeuta consegue acoplá-lo melhor tanto na interface quanto na modalidade ventilatória.

Essa afirmativa é falsa. A ventilação não-invasiva não é indicada para pacientes com rebaixamento do nível de consciência, pois eles podem não conseguir proteger adequadamente suas vias aéreas, tornando-se um risco para aspiração e falha no tratamento.

Portanto, a resposta correta é a alternativa B, pois as afirmativas 1, 2 e 3 estão corretas, enquanto a afirmativa 4 está incorreta.

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Comentários

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Rebaixamento de nível de consciência é contraindicado (exceto acidose hipercápnica em DPOC).

alternativa correta: B - Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

justificativa

Vamos analisar cada afirmativa para chegar à conclusão:

A seleção da interface, modalidade ventilatória e até do paciente podem predizer o sucesso ou não da sua utilização.

Esta afirmativa está correta. A escolha adequada da interface (como máscara facial ou nasal) e da modalidade ventilatória (como CPAP ou BiPAP) é fundamental para o sucesso da ventilação não-invasiva. Além disso, a seleção do paciente é importante, pois pacientes com insuficiência respiratória grave ou com dificuldades para tolerar a interface podem não se beneficiar da técnica.

Insuficiência respiratória aguda hipoxêmica ou hipercápnica são beneficiadas com tal técnica, mas em relação ao desmame devemos ter algum critério, principalmente nas cirurgias abdominais altas.

Esta afirmativa também está correta. A ventilação não-invasiva é eficaz para pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica ou hipercápnica, mas o desmame precisa ser feito com cautela. Pacientes que passaram por cirurgias abdominais altas podem ter maior dificuldade em tolerar a técnica devido ao desconforto e ao risco de complicações, como a distensão abdominal, que pode interferir na eficácia.

É uma técnica em que temos total interação com o paciente, e este pode dar parâmetros em relação ao seu sucesso ou não, interferindo na interrupção ou continuidade da aplicação da técnica.

Esta afirmativa está correta. A ventilação não-invasiva permite uma boa interação entre o paciente e o fisioterapeuta, já que o paciente pode comunicar seu desconforto, o que ajuda a ajustar a modalidade e a interface. A resposta do paciente pode indicar a eficácia da técnica, podendo influenciar na continuidade ou interrupção.

Pacientes com rebaixamento do nível de consciência se beneficiam mais da técnica, pois o fisioterapeuta consegue acoplá-lo melhor tanto na interface quanto na modalidade ventilatória.

Esta afirmativa está incorreta. Pacientes com rebaixamento do nível de consciência têm maior dificuldade em tolerar a ventilação não-invasiva, pois podem não ser capazes de manter a interface adequadamente no lugar ou podem não conseguir colaborar para a técnica ser eficaz. Nesses casos, a ventilação invasiva é muitas vezes mais indicada.

resumo

As afirmativas 1, 2 e 3 são corretas, enquanto a afirmativa 4 está incorreta. A ventilação não-invasiva é uma técnica eficaz, mas requer critérios de seleção cuidadosa do paciente e da interface.

pontos chave

  • Ventilação não-invasiva: eficácia depende da seleção adequada do paciente e da interface.
  • Desmame cuidadoso: especialmente em cirurgias abdominais altas.
  • Interação com o paciente: a técnica permite ajustar o tratamento com base na resposta do paciente.
  • Rebaixamento de consciência: pacientes com nível de consciência rebaixado têm dificuldade em tolerar a ventilação não-invasiva.

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