Nessa situação, os diagnósticos de enfermagem nutrição dese...

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Q1370794 Enfermagem
    Um homem de 58 anos de idade, com queixa principal de icterícia, foi internado no setor de clínica médica de um hospital para tratamento de cirrose hepática; ex-tabagista, fumou da adolescência até os 54 anos e faz ingesta de destilados, cerca de três doses por dia, há 40 anos. Ele relatou surgimento de icterícia e fraqueza em membros inferiores há 30 dias; nos dias subsequentes, referiu aumento de volume abdominal e sensação de empachamento pós-prandial; negou sangramentos, vômitos ou náuseas. Relatou, ainda, perda de peso não aferida nesse período e aumento da ingesta alcoólica nos últimos 2 meses. Durante a coleta de dados, o paciente mostrou-se em regular estado geral; apresentou icterícia, abdome distendido, indolor, hepatimetria de 6 cm, baço impalpável e sinais de ascite. Apresentou pressão arterial de 90 mmHg × 60 mmHg, frequência respiratória de 22 movimentos respiratórios por minuto, frequência cardíaca de 86 batimentos por minuto e temperatura de 36,1 ºC. Observou-se, no corpo do paciente, a presença de angiomas aracnoideos, equimoses e púrpuras. Ele relatou também evacuações líquidas, quatro vezes ao dia, diurese colúrica, sono prejudicado e apetite diminuído; queixou-se de cansaço e falta de energia para manter as rotinas habituais e diminuição da qualidade de vida.

Acerca do caso clínico apresentado, julgue o item.
Nessa situação, os diagnósticos de enfermagem nutrição desequilibrada, menos do que as necessidades corporais, e fadiga, deverão estar presentes e poderão ser confirmados pelo relato de perda de peso e de cansaço, respectivamente, conforme a Taxonomia II da NANDA.
Alternativas

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A alternativa correta é: E - errado.

Vamos entender melhor o caso clínico apresentado e a justificativa para essa resposta.

O paciente descrito apresenta sintomas clássicos de cirrose hepática, como icterícia, ascite (aumento do volume abdominal), angiomas aracnoides, e manifestações de insuficiência hepática. Ele também relata perda de peso, cansaço e uma série de sintomas associados ao comprometimento do estado geral de saúde.

Na prática de enfermagem, usa-se a Taxonomia II da NANDA para identificar diagnósticos de enfermagem. No contexto do caso, dois diagnósticos são mencionados: nutrição desequilibrada, menos do que as necessidades corporais e fadiga.

Nutrição desequilibrada, menos do que as necessidades corporais: Este diagnóstico poderia ser sugerido pelo relato de perda de peso não aferida. No entanto, para confirmar este diagnóstico, a NANDA exige uma avaliação mais detalhada que inclua fatores como ingestão alimentar inadequada, absorção deficiente de nutrientes e evidências clínicas de desnutrição.

Fadiga: Este diagnóstico é indicado pelo paciente que se queixa de cansaço e diminuição da energia. A fadiga pode ser confirmada por relatos de cansaço persistente e incapacidade de realizar atividades habituais, o que está de acordo com o caso.

A questão alega que ambos os diagnósticos podem ser confirmados unicamente pelo relato de perda de peso e cansaço. No entanto, enquanto o relato de cansaço pode de fato confirmar o diagnóstico de "fadiga", o relato de perda de peso, por si só, não é suficiente para confirmar "nutrição desequilibrada". Este é o ponto que torna a afirmação incorreta segundo a Taxonomia II da NANDA.

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Comentários

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A questão se refere à aplicação da Taxonomia II da NANDA (North American Nursing Diagnosis Association), que é um sistema padronizado de diagnósticos de enfermagem. A afirmação está errada porque, de acordo com a descrição do caso, o paciente não só relata perda de peso (indicativo de nutrição desequilibrada) e cansaço (indicativo de fadiga), mas também possui outros sintomas que podem auxiliar na confirmação desses diagnósticos. Sintomas como icterícia, aumento de volume abdominal, perda de apetite e sinais de ascite podem indicar uma nutrição inadequada. Além disso, a queixa de falta de energia para manter as rotinas habituais também pode ser um indicativo de fadiga. Portanto, a confirmação desses diagnósticos de enfermagem não se dá apenas pelo relato de perda de peso e cansaço, respectivamente, mas por um conjunto de sintomas e sinais apresentados pelo paciente.

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