Nesse caso clínico, sangramentos e hemorragias gastrintesti...

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Q1370797 Enfermagem
    Um homem de 58 anos de idade, com queixa principal de icterícia, foi internado no setor de clínica médica de um hospital para tratamento de cirrose hepática; ex-tabagista, fumou da adolescência até os 54 anos e faz ingesta de destilados, cerca de três doses por dia, há 40 anos. Ele relatou surgimento de icterícia e fraqueza em membros inferiores há 30 dias; nos dias subsequentes, referiu aumento de volume abdominal e sensação de empachamento pós-prandial; negou sangramentos, vômitos ou náuseas. Relatou, ainda, perda de peso não aferida nesse período e aumento da ingesta alcoólica nos últimos 2 meses. Durante a coleta de dados, o paciente mostrou-se em regular estado geral; apresentou icterícia, abdome distendido, indolor, hepatimetria de 6 cm, baço impalpável e sinais de ascite. Apresentou pressão arterial de 90 mmHg × 60 mmHg, frequência respiratória de 22 movimentos respiratórios por minuto, frequência cardíaca de 86 batimentos por minuto e temperatura de 36,1 ºC. Observou-se, no corpo do paciente, a presença de angiomas aracnoideos, equimoses e púrpuras. Ele relatou também evacuações líquidas, quatro vezes ao dia, diurese colúrica, sono prejudicado e apetite diminuído; queixou-se de cansaço e falta de energia para manter as rotinas habituais e diminuição da qualidade de vida.

Acerca do caso clínico apresentado, julgue o item.
Nesse caso clínico, sangramentos e hemorragias gastrintestinais são complicações potenciais, devendo-se avaliar o paciente criteriosamente, monitorando-se os sinais vitais, as secreções gastrintestinais e os resultados dos valores laboratoriais (hematócrito e hemoglobina).
Alternativas

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A alternativa correta é: C - certo.

Vamos analisar a questão:

O caso clínico apresentado descreve um paciente de 58 anos com cirrose hepática e diversos sintomas associados, como icterícia, ascite, e presença de angiomas aracnoides. A cirrose é uma condição crônica que provoca danos ao fígado, resultando em complicações sérias, incluindo distúrbios de coagulação.

Complicações potenciais dessa condição incluem sangramentos e hemorragias gastrintestinais. Isso ocorre devido ao comprometimento da função hepática, que leva a uma diminuição na produção de fatores de coagulação. Além disso, o aumento da pressão na veia porta (hipertensão portal) pode causar varizes esofágicas, que são suscetíveis a rompimentos e sangramentos.

Portanto, a monitorização criteriosa dos sinais vitais e secreções gastrintestinais, além do controle de valores laboratoriais como hematócrito e hemoglobina, são medidas essenciais para prevenir e detectar precocemente essas complicações.

Na avaliação das alternativas:

Alternativa C é correta. O enunciado sugere justamente a necessidade de avaliação criteriosa, devido ao risco de sangramentos, que é uma realidade em casos de cirrose hepática.

A alternativa E - errado não existe, já que todas as informações no enunciado confirmam a necessidade de vigilância em relação às complicações descritas.

Espero que esta explicação tenha esclarecido sua compreensão sobre o tema. Lembre-se sempre da importância do monitoramento rigoroso em pacientes com cirrose devido ao risco aumentado de hemorragias.

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Comentários

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A afirmação está correta. Sangramentos e hemorragias gastrintestinais são complicações potenciais em pacientes com cirrose hepática, devido à hipertensão portal, uma condição comum nessa doença. A hipertensão portal leva a um aumento da pressão nas veias do estômago e do esôfago, o que pode resultar em varizes esofágicas e gástricas - veias dilatadas e frágeis que têm alto risco de ruptura e sangramento, um evento potencialmente fatal. Assim, o monitoramento cuidadoso dos sinais vitais, das secreções gastrintestinais e dos valores laboratoriais de hematócrito e hemoglobina é crucial para detectar qualquer sinal de sangramento e intervir imediatamente. Além disso, o paciente relatou aumento do volume abdominal, um sinal de ascite - acúmulo de líquido na cavidade abdominal - outra complicação da cirrose hepática e da hipertensão portal, que também pode aumentar o risco de sangramento.

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