Apenas uma das passagens abaixo não apresenta marca(s) de p...
Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Ano: 2018
Banca:
FEPESE
Órgão:
Prefeitura de Concórdia - SC
Prova:
FEPESE - 2018 - Prefeitura de Concórdia - SC - Administrador de Redes |
Q2051022
Português
Texto associado
<http://sociologiacienciaevida.com.br/infolatria-tecnofagica- era-do-smartphone/> Acesso em 27/março/2018. [Adaptado]
Infolatria tecnofágica: a era do smartphone
A cibercultura e as realidades virtuais estão transformando radicalmente a nossa experiência psicossocial
coletiva: a forma como vivemos, nos comportamos, nos
sentimos, nos compreendemos e a própria realidade ao
nosso redor.
Toda essa cultura cibernético-informacional é, de
fato, incrivelmente cômoda, útil, funcional, sedutora,
mas, ainda assim, afirmamos que mais informação
circulando nas redes e mídias não significa de modo
algum mais conhecimento assimilado, educação,
cidadania; e que muito menos a tecnologia, por si,
seja sinal seguro de mais esclarecimento, humanidade,
erudição e desenvolvimento cultural. O que vale dizer
que mais disponibilidade – de dados, conteúdos, twitters, posts, zaps e congêneres – não determina, por si
só, qualquer tipo de evolução cognitiva e intelectual.
Outro mito muito propalado aos quatro ventos é o de
que a tecnologia seria essencial e necessariamente
benéfica às coletividades humanas. O que é – diga-se
– uma balela. Pois nós – que pesquisamos a referida
matéria há quase uma década – chegamos à dura
conclusão de que as tecnologias sempre acabam
servindo primeiro aos poderes hegemônicos já
dominantes e, tardiamente, à sociedade de uma
maneira mais ampla. Sim, pois os investidores que
apostam nesses projetos só o fazem com vistas – é
óbvio – ao retorno financeiro que eles possam proporcionar, e não num altruísmo improvável que não tem
lugar no mundo materialista e venal que aí está. Mesmo
porque vivemos numa realidade mercantilista, cuja
lógica comercial rege grande parte das relações sociais
humanas e assim molda a realidade factual, consuma o
presente e vai plasmando também o próprio futuro.
Ipso facto, podemos afirmar que a cibercultura e
o ciberespaço seguem as mesmas leis, operam no
mesmo meio societal, sob o mesmo regime econômico,
e, por isso mesmo, estão sujeitos às mesmas dinâmicas. E essa fixação – que hoje se observa em relação,
por exemplo, aos smartphones, seu culto e massiva
utilização – reflete exatamente essa exploração das
massas por meio das tecnologias e da própria cultura
que se cria em torno delas. Em pouquíssimas palavras,
a pessoa paga uma verdadeira fortuna para comprar o
aparelho, e ainda adquire um custo fixo considerável
para o fornecimento de um serviço – frise-se – que é
executado, em sua maioria, por máquinas e sequências algorítmicas. Sim, pois mais uma linha telefônica
conectada à rede de qualquer operadora significa, na
prática, apenas um comando de computador.
QUARESMA, Alexandre.
Apenas uma das passagens abaixo não apresenta
marca(s) de pessoalidade ou de comentários avaliativos do autor. Assinale-a.