Gabriel, 34 anos, deu entrada no pronto socorro com relato ...
Gabriel, 34 anos, deu entrada no pronto socorro com
relato de febre há 5 dias, dor muscular e articular,
cefaleia e vômitos frequentes. Refere dor abdominal há
um dia e sangramento na boca que o tem incomodado.
PA: 90x75mmHg; FC: 120bpm; enchimento capilar
lento, e pulsos fracos. Após anamnese e exame físico,
médico constatou diagnóstico inicial como dengue, a
partir disso, qual é a conduta ideal para essa paciente?
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a Alternativa D.
A questão abordou o manejo clínico de um paciente com suspeita de dengue, apresentando sinais de alerta e instabilidade hemodinâmica. Para resolver a questão, é necessário ter conhecimento das diretrizes de manejo da dengue, especialmente no que diz respeito à reidratação e ao monitoramento de pacientes em estado crítico.
Justificativa da alternativa correta (D):
A Alternativa D indica a necessidade de acompanhamento em leito de UTI. Gabriel apresenta sinais de choque (hipotensão, taquicardia, enchimento capilar lento e pulsos frágeis), o que justifica a internação em UTI para monitorização intensiva e reposição volêmica imediata. A fase de expansão rápida com 20 ml/kg de soro fisiológico a 0,9% IV em 20 minutos é crucial para estabilizar o paciente. A reavaliação frequente (a cada 15-30 minutos) é essencial para ajustar o tratamento conforme a resposta clínica.
Análise das alternativas incorretas:
Alternativa A: Esta alternativa sugere acompanhamento ambulatorial e reposição hídrica oral. No entanto, a condição de Gabriel exige intervenção mais agressiva e monitorização hospitalar devido aos sinais de choque. A reposição hídrica oral não seria suficiente para estabilizar o paciente.
Alternativa B: Acompanhamento em leito de observação com reposição hídrica oral é inadequado para um paciente em estado crítico como Gabriel. A quantidade de líquidos sugerida (10ml/kg/dia) não é suficiente para estabilizar um quadro de choque.
Alternativa C: Embora a internação e a reposição volêmica imediata sejam corretas, a taxa de hidratação indicada (100ml/kg de soro fisiológico na primeira hora) é excessivamente alta para a primeira hora de tratamento. A alternativa correta indica um protocolo mais cuidadoso e ajustado.
A dengue em pacientes com sinais de alerta ou em estado crítico, como Gabriel, requer um manejo rigoroso, incluindo reposição volêmica rápida e monitoramento intensivo. A alternativa D reflete melhor as diretrizes recomendadas para esses casos.
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Comentários
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alternativa correta: D - Acompanhamento em leito de UTI até estabilização e fazer reposição imediata fase de expansão rápida parenteral, com 20 ml/kg de soro fisiológico a 0,9% IV em 20 minutos, reavaliar a cada 15-30, se melhora retornar ao grupo C, se piora, investigar hemorragia.
justificativa
A conduta correta para um paciente com dengue grave e sinais de choque, como o caso de Gabriel, deve incluir uma expansão rápida de volume nas primeiras horas para evitar a progressão do choque e a morte. O uso de 20ml/kg em 20 minutos de soro fisiológico a 0,9% é uma abordagem inicial para estabilizar a condição, sendo crucial monitorar a resposta do paciente a essa reposição. Se o paciente melhorar, ele pode ser movido para o protocolo de dengue grave com acompanhamento em leito de internação, conforme descrito na alternativa C. Caso a condição do paciente piore, é necessário investigar hemorragias ou outros complicações graves.
análise das demais alternativas
[A]: [incorreta] A reposição de 20ml/kg/dia e a orientação de acompanhamento ambulatorial não são adequadas para um paciente com dengue grave que está em choque. O paciente precisa de uma reposição volêmica imediata para estabilização, o que não é contemplado na alternativa.
[B]: [incorreta] A reposição volêmica de 10ml/kg/dia é insuficiente para a gravidade do quadro, além de indicar acompanhamento em leito de observação, que não é suficiente para pacientes com choque e sinais de dengue grave.
[C]: [incorreta] Embora a reposição inicial de 100ml/kg na primeira hora seja uma abordagem para pacientes com choque, a alternativa não sugere a expansão rápida de volume (20ml/kg em 20 minutos), que é essencial para estabilização imediata. Além disso, a alternativa não menciona a necessidade de acompanhamento em UTI, que pode ser necessário dependendo da gravidade do quadro.
resumo
Para pacientes com dengue grave, a reposiçāo volêmica rápida é crucial para a estabilização imediata. A alternativa correta inclui uma expansão rápida de volume e acompanhamento em UTI para monitoramento contínuo.
pontos chave
- Expansão rápida de volume (20ml/kg em 20 minutos) é essencial para pacientes com choque por dengue grave.
- Monitoramento constante e investigação de possíveis hemorragias são fundamentais.
- O acompanhamento em UTI pode ser necessário dependendo da gravidade do quadro.
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