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Q1186035
Português
Cenas magnas da Educação Linguística
Constitui condição sine qua non no mundo atual que todos nós sejamos competentes para ler nossos próprios textos e os que recebemos, compreender tais textos escritos, interpretá-los, 'estabelecendo-lhes relações e expressar de forma clara o que um texto diz ou o que se esteja querendo dizer. Contudo, por negligência, ou por desconhecimento, ou mesmo por falta de comprometimento, o professor de Língua Portuguesa tem se esquivado dessas que seriam suas primeiras, mas não as únicas, atividades de linguagem em sala de aula, escondendo-se por trás de atividades de memorização ou de identificação disto e daquilo, levando os alunos a acreditarem que estão aprendendo português. E estão, mas tão-somente numa variável e sob ditames pouco palpáveis e plausíveis, e bem pouco recambiáveis e adaptáveis, pois vão até a construção de sentenças, deixando de lado a articulação dessas sentenças para se tornarem unidades de fato de sentido, a que damos o nome de textos. Se se considerar que essas competências constituam o macro-papel social a que todos nós estamos ligados por laços sociogenéticos e que, por isso, precisamos tê-los bem definidos e esclarecidos, algo é preciso urgentemente ser feito, afinal, na vida em sociedade, todo cidadão precisa ler, escrever e interpretar com bastante desenvoltura, tanto os textos que trazem informações à tona, como aqueles que as trazem veladamente. Mas como fazer isso, se as aulas de Língua Portuguesa têm mais se preocupado com tópicos gramaticais, que poderiam ser analisados a partir de textos trazidos pelo professor e estudados em sala de aula, do que em privilegiar as cenas magnas de Leitura e de Escritura? Como conseguir fazer isso, se o setor de Orientação e de Supervisão Escolares junto com a Direção foi formado sob um paradigma educacional diferente daquele que está agora e praticamente obriga o professor de Língua Portuguesa a continuar naquela mesmice? Se os próprios pais dos alunos querem ver nos cadernos de seus filhos a matéria dada. Ainda que acreditemos que essas competências comunicativas (leitura e escritura) sejam adquiridas e desenvolvidas no conjunto das atitudes pedagógicas promovidas no interior de uma escola por todos os professores e por todos os setores, e não só pelos de Língua Portuguesa, é mister que este profissional conduza o processo de Letramento ao longo de todas as séries (Soares, 1992), em todos os graus de ensinagem humana, inclusive o Superior. Daí porque é urgente vencer o status quo a que muitas vezes o professor e/ou a direção, a supervisão e a orientação estão arraigados, ora por falta de continuidade dos estudos, ora por falta de leitura da literatura contemporânea de sua área, podendo retardar toda uma comunidade escolar, uma cidade, um estado, uma região e até mesmo um país. Nessa perspectiva, pode-se concluir que se essas competências comunicativas são a própria expressão do desenvolvimento da linguagem, principalmente nas modalidades linguísticas e que elas são também expressão de processos mentais específicos e de habilidades lógicas congregadas aos mecanismos de aprendizagem ao longo da vida. Nesse viés, os estudos sobre cognição se justificam e são muito significativos para o professor de Língua Portuguesa, porque lhe evidencia qual é o verdadeiro papel da mente humana: centro de agenciamento de conhecimento e de informações necessários para processar textos; e não o de centro para memorização de uma metalinguagem, cuja finalidade se perdeu naquilo que o próprio professor de português não teve em sua formação, porque o seu professor também não a tinha, cujo professor deste também não a tivera. Nessa esteira, propõe-se aqui uma verticalização do professor de Língua Portuguesa no arcabouço da própria Linguística e uma ressignificação de suas atitudes escolares, no sentido de rever todas essas questões e promover mudanças significativas no seu fazer pedagógico. É nesse sentido de proposta que a análise a seguir foi elaborada, buscando subsidiar o professor da Língua Materna em suas tarefas diárias, insubstituíveis e intransferíveis quanto à promoção da sinergia da Leitura com a Escritura, mediatizadas pela Sintaxe do Discurso dos textos que recebe e que produz. Nesse pensamento, nossa compreensão de Gramática é a de“... um movimento científico que busca esquadrinhar através de materiais linguísticos o funcionamento da mente humana” (CASTILHO, 1998, p.23). Confrontando esse conceito com as aulas de Língua Portuguesa no interior da escola brasileira, chegamos a triste conclusão de que as aulas de Gramática não passam de aulas de Gramática da palavra, da frase, da sentença; as de Produção de Texto, não passam de aulas de Redação; as de Leitura são de Leitura per si, como se não houvesse qualquer interação desses eventos. Hoje é impossível compartimentalizar esses episódios, uma vez que eles são um o outro, usando desdobramentos e até metodologias diferentes, ainda que por professores diferentes, mas centralizando o texto como fenômeno máximo. E especificamente quanto à Sintaxe, as gramáticas, mesmo as que se dizem atuais, contemporâneas, apenas maquiam o método, mas continuam na mesma abordagem da palavra, da frase e da sentença isoladas de seus contextos sociodiscursivos, negando as condições discursivas de produção do material linguístico. Mas o que se entende por Sintaxe nesse bojo todo? Por Sintaxe compreendemos o estudo da organização e reorganização do discurso na materialidade textual. Se os intuitos maiores de cada aula de Língua Materna é (deveria ser) correlacionar essas cenas magnas da linguagem as cognitivas, principalmente se o professor compreender que, em línguas, toda manifestação de linguagem é produto de uma intenção que regulou e externou em forma de linguagem um pensamento, caberá nuclearmente a Sintaxe, como o estrato linguístico resultante da somatória de outros estratos e como o dado concreto do discurso, abordar o texto tanto na produção, como na recepção; tanto como fenômeno pragmático-discursivo, como um dado revelador máximo de sua cognição e das relações afetivas que o usuário tem. Assim, podemos dizer categoricamente que, tanto em textos orais como nos escritos, salvaguardadas as diferenças de cunho distintivo, a Coordenação e a Subordinação são mais recorrenciais na língua do que se possa pensar, caso se leve em conta mais amostragens da língua, principalmente da linguagem juvenil que para demarcar território usa variantes linguísticas reveladoras de sua cognição. Na verdade, nos textos escritos também, por exemplo, temos períodos e parágrafos coordenados e subordinados, desde as microestruturas — OS sintagmas — à macroestrutura — o texto. Por isso que, sob o enfoque funcionalista da linguagem, afirmamos que as relações sintáticas são prioritariamente textuais, manipulando o todo do texto, desde a seleção vocabular (Estilística) às organizações que serão dadas ao fluxo informacional das sentenças (Sintaxe). O texto a seguir justifica e explica muito bem como acontecimentos de ordem pragmático-discursivas se valem de expedientes sintáticos e revelam a cognição do usuário não só quanto à sua destreza sintáxica como quanto à sua forma de ver o mundo. Nele o escrevente pode fazer escolhas sintático-organizacionais das sentenças, desde que obedecidos os esquemas de completude e de articulação textuais.
PORQUE fizestes anos, Bem-Amada, e a asa do tempo roçou teus cabelos negros, e teus grandes olhos calmos miraram por um momento o inescrutável Norte... Eu quisera dar-te, ademais dos beijos e das rosas, tudo o que nunca foi dado por um homem à sua Amada, eu que tão poucote posso ofertar. Quisera darte, por exemplo, o instante em que nasci, marcado pela fatalidade de tua vinda. Verias, então, em mim, na transparência do meu peito, a sombra de tua forma anterior a ti mesma. Quisera dar-te também o mar onde nadei menino, o tranquilo mar de ilha em que me perdia e em que mergulhava, e de onde trazia a forma elementar de tudo o que existe no espaço acima — estrelas mortas, meteoritos submersos, o plancto das galáxias, a placenta do Infinito. E mais, quisera dar-te as minhas loucas carreiras a-toa, por certo em premonitória busca de teus braços, e a vontade de grimpar tudo de alto, e transpor tudo de proibido, e os elásticos saltos dançarinos para alcançar folhas, aves, estrelas — e a ti mesma, luminosa Lucina, a derramar claridade em mim menino...?º (Moraes, 1979, p.11)
Nesse texto, como aponta Antônio Juarez Abreu (1992, p. 54) “os vários parágrafos seguintes [a conjunção PORQUE] funcionam como “parágrafos principais” desse “parágrafo causal”. Observemos como a própria organização dada à crônica está a serviço da cognição de seu produtor ou do engenho de sua produção, associando a ideia nítida de que para compreender o poema é preciso ser um bom leitor, para que não incorra o erro de acreditar que o produtor violou algum princípio sintáxico, pois a ordem do discurso revelou uma cognição muito elevada do produtor que certamente teve também uma alta regulação para dar completude ao texto e uma exemplaridade quando de suas leituras anteriores. Por esse exemplo, vemos que um grande número de fatores governam a organização, por exemplo, de nossas sentenças (Sintaxe). Entre eles, os fatores de ordem sociointeracionistas e os cognitivos. No entanto, não está óbvio o que eles todos são, como agem entre si e como se deve reconhecê-los em contato com outras áreas de investigação da língua. O que se sabe é que a linguagem define, entre diferentes maneiras, formas de organizar elementos da realidade, unindo objetos e situações, separando a realidade em categorias; do contrário, não se efetivaria a interlocução. E tudo isso se dá independentemente da variável sintática escolhida pelos parceiros da interação verbal. Pode-se apenas especular que, de alguma maneira, a linguagem ao receber as imagens impostas ao cérebro dá-lhes organicidade e significado — um misto de Cognição, de Semântica e de Sintaxe. Mas saber descritivamente como isso se dá, ainda é uma incógnita, que tem sido objeto de uma recente vertente da Linguística, a Linguística Cognitiva. LISBOA, Wandré G de C. Os Fios do Tapete. Vol. 02, Belém/PA: ALVES, 2005
Conforme o autor, é preciso que a aula de Língua Portuguesa seja:
Constitui condição sine qua non no mundo atual que todos nós sejamos competentes para ler nossos próprios textos e os que recebemos, compreender tais textos escritos, interpretá-los, 'estabelecendo-lhes relações e expressar de forma clara o que um texto diz ou o que se esteja querendo dizer. Contudo, por negligência, ou por desconhecimento, ou mesmo por falta de comprometimento, o professor de Língua Portuguesa tem se esquivado dessas que seriam suas primeiras, mas não as únicas, atividades de linguagem em sala de aula, escondendo-se por trás de atividades de memorização ou de identificação disto e daquilo, levando os alunos a acreditarem que estão aprendendo português. E estão, mas tão-somente numa variável e sob ditames pouco palpáveis e plausíveis, e bem pouco recambiáveis e adaptáveis, pois vão até a construção de sentenças, deixando de lado a articulação dessas sentenças para se tornarem unidades de fato de sentido, a que damos o nome de textos. Se se considerar que essas competências constituam o macro-papel social a que todos nós estamos ligados por laços sociogenéticos e que, por isso, precisamos tê-los bem definidos e esclarecidos, algo é preciso urgentemente ser feito, afinal, na vida em sociedade, todo cidadão precisa ler, escrever e interpretar com bastante desenvoltura, tanto os textos que trazem informações à tona, como aqueles que as trazem veladamente. Mas como fazer isso, se as aulas de Língua Portuguesa têm mais se preocupado com tópicos gramaticais, que poderiam ser analisados a partir de textos trazidos pelo professor e estudados em sala de aula, do que em privilegiar as cenas magnas de Leitura e de Escritura? Como conseguir fazer isso, se o setor de Orientação e de Supervisão Escolares junto com a Direção foi formado sob um paradigma educacional diferente daquele que está agora e praticamente obriga o professor de Língua Portuguesa a continuar naquela mesmice? Se os próprios pais dos alunos querem ver nos cadernos de seus filhos a matéria dada. Ainda que acreditemos que essas competências comunicativas (leitura e escritura) sejam adquiridas e desenvolvidas no conjunto das atitudes pedagógicas promovidas no interior de uma escola por todos os professores e por todos os setores, e não só pelos de Língua Portuguesa, é mister que este profissional conduza o processo de Letramento ao longo de todas as séries (Soares, 1992), em todos os graus de ensinagem humana, inclusive o Superior. Daí porque é urgente vencer o status quo a que muitas vezes o professor e/ou a direção, a supervisão e a orientação estão arraigados, ora por falta de continuidade dos estudos, ora por falta de leitura da literatura contemporânea de sua área, podendo retardar toda uma comunidade escolar, uma cidade, um estado, uma região e até mesmo um país. Nessa perspectiva, pode-se concluir que se essas competências comunicativas são a própria expressão do desenvolvimento da linguagem, principalmente nas modalidades linguísticas e que elas são também expressão de processos mentais específicos e de habilidades lógicas congregadas aos mecanismos de aprendizagem ao longo da vida. Nesse viés, os estudos sobre cognição se justificam e são muito significativos para o professor de Língua Portuguesa, porque lhe evidencia qual é o verdadeiro papel da mente humana: centro de agenciamento de conhecimento e de informações necessários para processar textos; e não o de centro para memorização de uma metalinguagem, cuja finalidade se perdeu naquilo que o próprio professor de português não teve em sua formação, porque o seu professor também não a tinha, cujo professor deste também não a tivera. Nessa esteira, propõe-se aqui uma verticalização do professor de Língua Portuguesa no arcabouço da própria Linguística e uma ressignificação de suas atitudes escolares, no sentido de rever todas essas questões e promover mudanças significativas no seu fazer pedagógico. É nesse sentido de proposta que a análise a seguir foi elaborada, buscando subsidiar o professor da Língua Materna em suas tarefas diárias, insubstituíveis e intransferíveis quanto à promoção da sinergia da Leitura com a Escritura, mediatizadas pela Sintaxe do Discurso dos textos que recebe e que produz. Nesse pensamento, nossa compreensão de Gramática é a de“... um movimento científico que busca esquadrinhar através de materiais linguísticos o funcionamento da mente humana” (CASTILHO, 1998, p.23). Confrontando esse conceito com as aulas de Língua Portuguesa no interior da escola brasileira, chegamos a triste conclusão de que as aulas de Gramática não passam de aulas de Gramática da palavra, da frase, da sentença; as de Produção de Texto, não passam de aulas de Redação; as de Leitura são de Leitura per si, como se não houvesse qualquer interação desses eventos. Hoje é impossível compartimentalizar esses episódios, uma vez que eles são um o outro, usando desdobramentos e até metodologias diferentes, ainda que por professores diferentes, mas centralizando o texto como fenômeno máximo. E especificamente quanto à Sintaxe, as gramáticas, mesmo as que se dizem atuais, contemporâneas, apenas maquiam o método, mas continuam na mesma abordagem da palavra, da frase e da sentença isoladas de seus contextos sociodiscursivos, negando as condições discursivas de produção do material linguístico. Mas o que se entende por Sintaxe nesse bojo todo? Por Sintaxe compreendemos o estudo da organização e reorganização do discurso na materialidade textual. Se os intuitos maiores de cada aula de Língua Materna é (deveria ser) correlacionar essas cenas magnas da linguagem as cognitivas, principalmente se o professor compreender que, em línguas, toda manifestação de linguagem é produto de uma intenção que regulou e externou em forma de linguagem um pensamento, caberá nuclearmente a Sintaxe, como o estrato linguístico resultante da somatória de outros estratos e como o dado concreto do discurso, abordar o texto tanto na produção, como na recepção; tanto como fenômeno pragmático-discursivo, como um dado revelador máximo de sua cognição e das relações afetivas que o usuário tem. Assim, podemos dizer categoricamente que, tanto em textos orais como nos escritos, salvaguardadas as diferenças de cunho distintivo, a Coordenação e a Subordinação são mais recorrenciais na língua do que se possa pensar, caso se leve em conta mais amostragens da língua, principalmente da linguagem juvenil que para demarcar território usa variantes linguísticas reveladoras de sua cognição. Na verdade, nos textos escritos também, por exemplo, temos períodos e parágrafos coordenados e subordinados, desde as microestruturas — OS sintagmas — à macroestrutura — o texto. Por isso que, sob o enfoque funcionalista da linguagem, afirmamos que as relações sintáticas são prioritariamente textuais, manipulando o todo do texto, desde a seleção vocabular (Estilística) às organizações que serão dadas ao fluxo informacional das sentenças (Sintaxe). O texto a seguir justifica e explica muito bem como acontecimentos de ordem pragmático-discursivas se valem de expedientes sintáticos e revelam a cognição do usuário não só quanto à sua destreza sintáxica como quanto à sua forma de ver o mundo. Nele o escrevente pode fazer escolhas sintático-organizacionais das sentenças, desde que obedecidos os esquemas de completude e de articulação textuais.
PORQUE fizestes anos, Bem-Amada, e a asa do tempo roçou teus cabelos negros, e teus grandes olhos calmos miraram por um momento o inescrutável Norte... Eu quisera dar-te, ademais dos beijos e das rosas, tudo o que nunca foi dado por um homem à sua Amada, eu que tão poucote posso ofertar. Quisera darte, por exemplo, o instante em que nasci, marcado pela fatalidade de tua vinda. Verias, então, em mim, na transparência do meu peito, a sombra de tua forma anterior a ti mesma. Quisera dar-te também o mar onde nadei menino, o tranquilo mar de ilha em que me perdia e em que mergulhava, e de onde trazia a forma elementar de tudo o que existe no espaço acima — estrelas mortas, meteoritos submersos, o plancto das galáxias, a placenta do Infinito. E mais, quisera dar-te as minhas loucas carreiras a-toa, por certo em premonitória busca de teus braços, e a vontade de grimpar tudo de alto, e transpor tudo de proibido, e os elásticos saltos dançarinos para alcançar folhas, aves, estrelas — e a ti mesma, luminosa Lucina, a derramar claridade em mim menino...?º (Moraes, 1979, p.11)
Nesse texto, como aponta Antônio Juarez Abreu (1992, p. 54) “os vários parágrafos seguintes [a conjunção PORQUE] funcionam como “parágrafos principais” desse “parágrafo causal”. Observemos como a própria organização dada à crônica está a serviço da cognição de seu produtor ou do engenho de sua produção, associando a ideia nítida de que para compreender o poema é preciso ser um bom leitor, para que não incorra o erro de acreditar que o produtor violou algum princípio sintáxico, pois a ordem do discurso revelou uma cognição muito elevada do produtor que certamente teve também uma alta regulação para dar completude ao texto e uma exemplaridade quando de suas leituras anteriores. Por esse exemplo, vemos que um grande número de fatores governam a organização, por exemplo, de nossas sentenças (Sintaxe). Entre eles, os fatores de ordem sociointeracionistas e os cognitivos. No entanto, não está óbvio o que eles todos são, como agem entre si e como se deve reconhecê-los em contato com outras áreas de investigação da língua. O que se sabe é que a linguagem define, entre diferentes maneiras, formas de organizar elementos da realidade, unindo objetos e situações, separando a realidade em categorias; do contrário, não se efetivaria a interlocução. E tudo isso se dá independentemente da variável sintática escolhida pelos parceiros da interação verbal. Pode-se apenas especular que, de alguma maneira, a linguagem ao receber as imagens impostas ao cérebro dá-lhes organicidade e significado — um misto de Cognição, de Semântica e de Sintaxe. Mas saber descritivamente como isso se dá, ainda é uma incógnita, que tem sido objeto de uma recente vertente da Linguística, a Linguística Cognitiva. LISBOA, Wandré G de C. Os Fios do Tapete. Vol. 02, Belém/PA: ALVES, 2005
Conforme o autor, é preciso que a aula de Língua Portuguesa seja: