Uma das expressões consagradas acerca do universo agrário no...

A expressão citada de José de Souza Martins em "O Cativeiro da Terra" oferece um valioso insight sobre as dinâmicas históricas do Brasil no que tange à propriedade da terra e à mão-de-obra. Ele destaca uma correlação interessante: "num regime de terras livres, o trabalho tinha que ser cativo; num regime de trabalho livre, a terra tinha que ser cativa."

Este pensamento reflete sobre o período crítico na história brasileira onde houve a transição da mão-de-obra escrava para o trabalho assalariado livre. A Lei de Terras de 1850, juntamente com as leis abolicionistas, marca essa mudança. O contexto histórico mencionado é o das deliberações sobre a terra e o trabalho que estavam em curso no Império na segunda metade do século XIX.

Essencialmente, a Lei de Terras tinha como objetivo regularizar a posse da terra no Brasil, transformando-a em mercadoria e, portanto, "cativa", ou seja, restrita àqueles que podiam comprá-la. Simultaneamente, o movimento abolicionista ganhava força, culminando com a abolição da escravatura, tornando o trabalho "livre".

A intersecção dessas realidades é crucial para compreender como estruturas socioeconômicas foram reconfiguradas no Brasil, principalmente em termos de quem detinha o poder e o capital, e como a mão-de-obra foi afetada e realocada nesse processo.

No contexto das alternativas apresentadas, a correta é a opção C - A elaboração da Lei de Terras de 1850 e as leis abolicionistas, iniciadas com a extinção do tráfico negreiro, que eram discutidas pelo Império na segunda metade dos oitocentos. Essa alternativa reflete adequadamente o período e as mudanças políticas e sociais que a expressão de Martins visa capturar.

A elaboração da Lei de Terras de 1850 e as leis abolicionistas, iniciadas com a extinção do tráfico negreiro, que eram discutidas pelo Império na segunda metade dos oitocentos.

Uma estratégia do período colonial foi a elaboração da lei de terras devido à grande repressão vivenciada no Brasil, pois o país era um dos poucos que mantinham o trabalho escravo. Com a lei Euzébio de Queiroz 1850 houve um incentivo maior por imigrantes, porém não queriam que eles trabalhassem por conta, mas sim por fazendeiros da época, pois a queda dos escravos já afetada os latifundiários.