Considere a seguinte passagem do terceiro parágrafo: Sou...
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Q1946470
Português
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Leia o texto, para responder à questão.
Especialistas deveriam se impor pela competência,
não pelo lobby*
Nesta semana eu quase recobrei minha fé na humanidade.
Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a meu
filho David, que cursa duas faculdades, como ele faria com a
educação física. O menino me olhou como se eu viesse de
Saturno e me explicou, para minha surpresa, que a educação
física não é mais disciplina obrigatória no ensino superior. Ao
contrário do que acontecia no meu tempo, a molecada não
precisa mais submeter-se às aulas de Educação Física para
obter seu diploma.
Não me entendam mal. Sou um entusiasta da atividade
física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E
recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao
hábito corporativista, tão disseminado por aqui, de sequestrar
o poder do Estado para criar reservas de mercado.
Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar um
especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha, não uma
obrigatoriedade. Numa sociedade funcional, você recorre aos
serviços de um profissional, seja o educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque ele oferece um saber e uma
experiência que lhe interessam, não porque a lei o obriga a
fazê-lo. Em outras palavras, os especialistas deveriam se impor por sua competência, não por seus lobbies.
O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “quase”
ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz ao descobrir que a educação física não é mais requisito para um diploma universitário, ao investigar melhor como isso aconteceu,
fiquei com a impressão de que a desobrigatoriedade não veio
porque legisladores e conselheiros ficaram mais sábios, mas
porque o lobby dos donos de faculdade é mais forte que o
dos professores de educação física.
*Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer
influência ao seu alcance.
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
helioschwartsman/2022/03/especialistas-deveriam-se-impor-pelacompetencia-nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado)
Considere a seguinte passagem do terceiro parágrafo:
Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui...
No contexto em que estão inseridos, os termos em destaque na passagem têm como sinônimos, respectivamente:
Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui...
No contexto em que estão inseridos, os termos em destaque na passagem têm como sinônimos, respectivamente: