Ainda analisando o excerto “O corpo transformou-se num obje...
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Ano: 2019
Banca:
BRB
Órgão:
Prefeitura de Bom Jesus da Serra - BA
Prova:
BRB - 2019 - Prefeitura de Bom Jesus da Serra - BA - Técnico em Enfermagem |
Q3106621
Português
Texto associado
O peso do estereótipo
No que se refere aos distúrbios da alimentação
podemos dividir a humanidade em dois grandes grupos,
aquelas que comem de menos e aqueles que comem
demais.
Os primeiros compreendem aqueles para os quais
falta comida – os habitantes do Terceiro Mundo – e aqueles
que, mesmo dispondo de alimento, recusam-no por razões
emocionais. A abundância de comida e a voracidade, por sua
vez, geraram o problema da obesidade, que, mesmo em
países como o Brasil, é hoje uma questão de saúde pública.
A extrema obesidade está associada a diabetes,
hipertensão arterial, doença cardiovascular,
problemas articulares. E resulta numa imagem corporal que
não é das mais agradáveis – ao contrário do que acontecia
no passado, quando a maior ameaça era representada pela
desnutrição.
[...] O corpo transformou-se num objeto a ser
exibido. E isso resulta num conflito: de um lado está a
indústria da alimentação, com toda a sua gigantesca
propaganda; assim, ninguém mais vai ao cinema sem levar
junto um contêiner com pipocas (como se a pessoa não
pudesse passar duas horas sem comer). De outro lado,
temos o estigma representado pela obesidade. O resultado é
um conflito psíquico que se manifesta de várias maneiras,
mais notavelmente pela anorexia nervosa.
[...] Até os anos 50 a anorexia nervosa era pouco
mais que uma curiosidade médica. Mas em meados dos anos
70 um estudo mostrava que cerca de 10% das adolescentes
suecas eram anoréxicas. Em 1980 os transtornos
psicológicos da alimentação já eram um dos problemas mais
frequentes entre as jovens universitárias americanas. O
gênero, no caso, é fundamental porque anorexia é muito
mais frequente entre moças. Também é importante a classe
social: a classe média é mais propensa a ela que os pobres.
[...] Em termos de peso corporal, como em relação à
carga emocional, o ideal não é nem a falta nem o excesso. O
ideal é o equilíbrio, mas para isso a sociedade precisa se conscientizar dos problemas representados pelos
estereótipos que cria.
Revista Bem Viver – Mente & Cérebro, ano 13, n.152. Adaptado.
Ainda analisando o excerto “O corpo
transformou-se num objeto a ser exibido”, a partícula
“se” nesse contexto trata-se de: