Recebe acento pela mesma regra de “egoísta” o vocábulo:

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Q978985 Português

O LOBO MORAVA EM CASA

            Rosângela Sales Cohen, 56 anos, de Belém do Pará. A história que tenho para contar é semelhante à de Chapeuzinho Vermelho. Só que o lobo morava em minha casa. Era o meu pai. Fui abusada por ele durante a infância e a adolescência. 

            Sou a 13ª de uma família de catorze irmãos de Belém do Pará. Por alguma razão, meu pai me escolheu quando eu era tão novinha que nem lembro a idade que tinha. Na calada da noite, ele ia à minha cama, fazia o que queria comigo e depois ia embora. Eu era muito pequena, não tinha noção do que era certo ou errado. Tudo foi piorando à medida que não queria mais satisfazer seus desejos, ele começou a me ameaçar, dizendo que deixaria a família passar fome. Toda a minha pureza virou indiferença. Desenvolvi um mecanismo de autodefesa que consistia em anular todos os meus sentimentos bons ou ruins. Tornei-me um ser não vivo. E tenho lembranças fragmentadas daquela época.

            Por volta dos 5 anos, tive uma de minhas experiências mais traumáticas. Ouvi de um familiar que eu gostava daquilo. Era como se eu houvesse seduzido meu pai. Aquelas palavras foram como uma faca cortando minha alma. Passei a ser acometida por uma febre psicológica, que me fazia delirar a mais de 40 graus. Estavam me acusando de algo do qual era vítima, e o fato de todos saberem o que acontecia e ninguém fazer nada me revoltava ainda mais. Passei a me sentir, de fato, culpada. Tinha nojo de mim mesma, além de muita vergonha. Acima de tudo, havia o medo.

            Então, um dia, quando eu já tinha 15 anos, meu pai acabou sendo expulso de casa pelos meus irmãos por causa das maldades que fazia comigo. Acreditei que meus problemas haviam acabado. Aos 16 anos, tive o meu primeiro namorado. Ficamos três anos juntos, e ele sempre foi muito respeitoso comigo. Quando tinha 20 anos, comecei a namorar um rapaz que conheci na saída da faculdade. Na época, tinha planos de me casar, constituir uma família, ir para bem longe da minha casa. E, por isso, eu o via como uma espécie de "salvador”. Em uma ocasião, saímos para ir a uma festa. A noite estava ótima, até a hora de ir embora... Na volta para casa, ele parou no motel. Em dado momento, começou a me olhar de maneira estranha, de uma forma que eu já conhecia. Fingi que estava passando mal e me tranquei no banheiro, chorando desesperadamente. Ele, então, começou a ficar agressivo e a dar murros na porta, dizendo que iria arrombá-la. Abri a porta e aconteceu o que eu previra. 

            A sensação de impotência era o que mais me afligia. No fim, a violência emocional é muito maior do que a física. Na manhã seguinte, ele me deixou em casa, como se nada tivesse acontecido, e ainda acenou para minha mãe com um sorriso. Disse a ele que, se voltasse a se aproximar de mim, iria denunciá-lo por estupro. Ele nunca mais apareceu.

            Os abusos me fizeram desenvolver fobias e síndromes, doenças psicossomáticas que passei a estudar para procurar respostas quando ingressei no curso de psicologia. Eu havia me tornado uma pessoa amarga e egoísta, que magoava os outros. A simples aproximação de alguém me causava pânico. Curei-me física, emocional e espiritualmente em um retiro religioso em Curitiba, onde fiquei por um mês. Deus me deu condições de lutar contra o ódio e o medo que me congelavam. Descobri que era capaz de amar e me deixar ser amada. O mais difícil foi perdoar, mas consegui. 

            Hoje sou mãe de três filhas e avó de duas netas, além de ser dona de uma corretora de imóveis. Faço esse relato com um sorriso no rosto porque consegui criar três mulheres fortes e independentes. Pretendo publicar um livro com a história da minha vida para conscientizar as pessoas sobre a realidade do estupro. O nome do livro será Superação.

(Fonte: Depoimento colhido por Eduardo Gonçalves. Revista Veja, n° 2483)

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Alternativas

Comentários

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GABARITO: LETRA C

Estamos procurando um hiato, egoísta - e-go-ís-ta.

A   história. >>>> PAROXÍTONA, terminada em ditongo crescente.

   B   vítima. >>> proparoxítona, todas proparoxítonas são acentuadas.

   C   saída. >>> saída --- hiato.

 D   ninguém. >>> oxítona, terminada em -em.

   E   ódio. >>> paroxítona, terminada em ditongo crescente.

Força, guerreiros(as)!!!

Acenteuação em Hiatos

Regra válida somente para I ou U quando eles estiverem:

1) na 2ª vogal do hiato

2) na sílaba tônica ou seguido de S na mesma sílaba tônica

3) sem NH na sílaba seguinte

É obrigatório preencher os três requisitos simultaneamente para que possa receber o acento.

Regrinha do hiato

SA-Í-DA- HIATO.

1 a PARTE

QUESTÃO :

Recebe acento pela mesma regra de “egoísta” o vocábulo :

E - go - ís - ta ( paroxítona = penúltima sílaba tônica ) e hiato ( o - í ) .

A ) história : his - tó - ria ( paroxítona terminada em ditongo ( ia ) ) .

B ) vítima : ví - ti - ma ( proparoxítona : antepenúltima sílaba tônica : todas serão acentuadas ) .

C ) saída : sa - í - da : ( paroxítona ) e hiato ( a - í ) .

GABARITO .

D ) ninguém : nin - guém ( oxítona = última sílaba tônica ) .

E ) ódio : ó - dio ( paroxítona ) e ditongo ( io ) .

Obs : SEMPRE FAZER A DIVISÃO SILÁBICA PARA Ñ ERRAR A QUESTÃO .

SABER : FONO/LOGIA : Estuda o som das palavras :

DIVIDIR AS SÍLABAS .

Classificar quanto ao número de sílabas ( MONO/SSÍLABA , DI/SSÍLABA , TRI/SSÍILABA ) ;

CLASSIFICAR QUANTO A SÍLABA TÔNICA ( forte ) : irá iniciar do fim = última palavra para o início = começo da mesma :

OXÍTONA = ( ÚLTIMA SÍLABA TÔNICA).

TÔNICA : SOM FORTE AO PRONUNCIAR ( CHAMAR A PALAVRA MENTALMENTE) OU A PALAVRA IRÁ RECEBER A ACENTUAÇÃO ( ACENTO : AGUDO, CIRCUNFLEXO OU TIL ).

PAROXÍTONA = ( PENÚLTIMA SÍLABA TÔNICA e

PROPAROXÍTONA =ANTEPENÚLTIMA SÍLABA TÔNICA.

Bancas de concurso cobram mais a paroxítona ( pois alterou muita regra após a mudança ortográfica) .

Saber :

Hiato ( duas letras que se separam ao realizar a divisão silábica) .

Ditongo ( duas letras que permanecem juntas ao realizar a divisão silábica) .

Classificação do Ditongo :

Oral e nasal ;

Crescente e decrescente .

Tritongo ( três letras que permanecem juntas ao realizar a divisão silábica ) .

Dígrafo consonantal : duas letras juntas ou separadas que representa fonema = som único ( vocáico ou nasal ) . Dica : apertar o nariz e pronunciar a "palavra" para perceber o fonema = menores unidades sonoras das palavras : classificados em : vogais , semivogais e consoantes .

Ex : DÍGRAFO JUNTO : NA DIVISÃO SILÁBICA :

CHU - VA ( CH acompanhado do U ) .

DÍGRAFO DISJUNTO : SEPARADO NA DIVISÃO SILÁBICA :

CO - LAP - SO : ( P - S )

Classificação do DÍGRAFO : Perfeito e imperfeito .

Importante saber o conceito e a classificação do :

Ditongo e do DÍGRAFO CONSONANTAL .

OBS :Algumas bancas de concursos gostam de elaborar questões sobre o DÍGRAFO : EX :

QUESTÃO : A PALVRA QUEIJO TEM QUANTAS LETRAS E QUANTOS FONEMAS ? FONEMA = SOM .

Q U E I J O : 6 LETRAS .

1o irei fazer a DIVISÃO SILÁBICA :

Quei - jo .

2o irei procurar pelo DÍGRAFO :

DICA : APERTAR O NARIZ E PRONUNCIAR QUEIJO : IREMOS PERCEBER O FONEMA : KEI - JO .

PERCEBEMOS QUE O SOM DE QUEI MUDOU ? SOM ÚNICO = ( DÍGRAFO) : KEI - JO .

QUANTOS FONEMAS ? KEI - JO = 5 FONEMAS ( = 5 SONS )

OBS : TEM SOM "DE ALGUMAS PALAVRAS " QUE IRÁ PERMANECER ÚNICO COMO O EX ACIMA E TEM SOM QUE IRÁ SER ALTERADO ( MAS IRÁ SER SOM ÚNICO TAMBEM ) .EX :

TÁXI :

T Á X I = 4 LETRAS

TÁ- XI : TAMPAR O NARIZ E FALAR : TÁ-XI = TÁ- KSI = 5 FONEMAS .

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