Desde a crise econômica dos fins dos anos 1970, a família ve...

Alternativa Correta: C

Para resolver esta questão, é essencial compreender o papel da família como um agente de proteção social e sua relação com o Estado no contexto de políticas sociais. Desde a crise econômica dos anos 1970, a família tem sido vista como um componente crucial nas agendas governamentais, tanto na proteção social quanto na mediação de conflitos sociais.

A alternativa C é a correta porque ressalta que, nas agendas governamentais, a família é vista como um elemento importante para entender as relações sociais em sua totalidade. Isso significa que a família não opera de forma isolada, mas está inserida em um contexto social mais amplo, que reflete e expressa os conflitos da sociedade como um todo. A abordagem crítica dialética enfatiza essa visão ampla, reconhecendo a interdependência entre a família e o contexto social.

Fundamentação teórica: A crítica dialética desafia a visão de que a família é suficiente como única instância de proteção social, destacando a necessidade de intervenção pública. Conforme as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Brasil, a proteção social deve ser compreensiva e considerar os diversos fatores sociais que afetam as famílias. (Brasil, Lei nº 8.742/1993)

Análise das alternativas incorretas:

A - Pressupõe que a intervenção pública deve ser mínima e ocorre apenas se a família falhar. Essa visão negligencia o papel ativo que o Estado deve exercer no apoio às famílias, conforme preconizado por políticas sociais abrangentes.

B - Alega que a solidariedade familiar contribui para a emancipação da mulher, quando na prática, o sobrepeso do cuidado pode reforçar desigualdades de gênero, um ponto criticado por abordagens feministas e sociais.

D - Foca exclusivamente na assistência a famílias desestruturadas e na transferência de renda, sem reconhecer que a proteção social deve ser integrada e não apenas corretiva.

E - Embora reconheça os aspectos contraditórios da família, sugere que a intervenção pública só é necessária em falhas da família e do mercado, não abrangendo o papel proativo que o Estado deve desempenhar na proteção social.

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c) A família nas agendas governamentais é fundamental para resgatar a necessidade de olhar as relações sociais em sua totalidade, isso implica também em não deixar essa totalidade se esgotar na família, porque ela está em um contexto social e expressa os conflitos da sociedade em que está inserida.