Assinale a alternativa em que o termo destacado trata-se de...
Poluição atmosférica pode reduzir quantidade de proteínas
nos alimentos
Pesquisa feita com trigo mostrou que essa queda pode ser
de até 3% nas próximas décadas
Quantidades elevadas de dióxido de carbono no ar impedem o trigo de produzir todas as proteínas necessárias para seu crescimento e para a nutrição humana (Thinkstock).
Um estudo feito em campos de trigo mostrou pela primeira vez que as mudanças climáticas podem comprometer a qualidade nutritiva dos alimentos. Isso ocorre porque níveis elevados de dióxido de carbono na atmosfera prejudicam a absorção pelas plantas de nitrato, utilizado para a síntese de proteínas essenciais para o ser humano. Segundo os especialistas, nas próximas décadas pode ocorrer uma queda de até 3% na quantidade de proteínas disponíveis para consumo. Realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o estudo foi publicado no periódico Nature Climate Change neste domingo.
“A qualidade dos alimentos está declinando com os crescentes níveis de dióxido de carbono na atmosfera”, afirma Arnold Bloom, professor do departamento de ciência das plantas e principal autor do estudo. Segundo ele, diversas explicações já foram elaboradas para essa queda de qualidade, mas o trabalho atual é o primeiro a demonstrar através de um estudo de campo que o dióxido de carbono em excesso inibe a conversão de nitrato em proteína nas plantações.
Esse processo, que é denominado assimilação, desempenha um papel primordial no crescimento da planta. O problema é ainda maior no caso dos alimentos, uma vez que o nitrogênio é utilizado para produzir proteínas necessárias para a nutrição do homem. O trigo corresponde a cerca de um quarto de toda a proteína na dieta humana ao redor do mundo.
Para observar a resposta do trigo a diferentes níveis de dióxido de carbono na atmosfera, os pesquisadores estudaram amostras cultivadas em 1996 e 1997, nos Estados Unidos. Nessa época, ar enriquecido com dióxido de carbono foi liberado nas plantações, criando um nível elevado de carbono nos locais de teste, similar ao que se espera acontecer nas próximas décadas. Amostras de trigo para controle também foram cultivadas, sem interferência nas taxas de carbono.
Depois de colhidas, todas as amostras foram imediatamente colocadas no gelo, e depois secas no forno e armazenadas a vácuo, para minimizar mudanças nos compostos de nitrogênio ao longo do tempo. Isso permitiu que, mais de uma década depois, os autores do estudo atual realizassem um tipo de análise química que não existia na época da colheita.
De acordo com os cientistas, a quantidade total de proteínas disponíveis para consumo humano vai sofrer uma queda de 3% à medida que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera atingirem as estimativas para as próximas décadas. Uma intensa fertilização das plantações com nitrogênio poderia compensar parcialmente essa redução, mas causaria outras consequências, como aumento dos custos, além do aumento da contaminação das águas por nitrato e da emissão de óxido nitroso, que colabora com o efeito estufa.
Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/polu icao- atmosferica-pode-reduzir-quantidade-de- proteinas-nos- alimentos
Assinale a alternativa em que o termo destacado trata-se de um pronome relativo.
Comentários
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A questão pede para identificar a alternativa em que o termo destacado **"que"** atua como um **pronome relativo**. O pronome relativo tem a função de retomar um termo anterior, fazendo a coesão entre duas orações. Além disso, ele desempenha uma função sintática na oração que introduz, como sujeito, objeto ou complemento.
Vamos analisar cada alternativa:
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### **Alternativa A**
**“Pesquisa feita com trigo mostrou que essa queda pode ser de até 3%...”**
- Aqui, o **"que"** é uma conjunção integrante, introduzindo a oração subordinada substantiva objetiva direta **“que essa queda pode ser de até 3%”**. Ele não retoma nenhum termo anterior, nem faz referência a um substantivo.
- **Função**: Conjunção integrante.
- **Veredito**: Não é pronome relativo.
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### **Alternativa B**
**“... demonstrar através de um estudo de campo que o dióxido...”**
- Nesta frase, o **"que"** também está sendo usado como uma conjunção integrante, introduzindo a oração subordinada **“que o dióxido...”**, sem função de retomar um termo anterior.
- **Função**: Conjunção integrante.
- **Veredito**: Não é pronome relativo.
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### **Alternativa C**
**“... vai sofrer uma queda de 3% à medida que os níveis de dióxido de carbono...”**
- O **"que"** nesta frase é uma conjunção subordinativa, introduzindo uma oração adverbial proporcional **“à medida que os níveis de dióxido de carbono...”**.
- **Função**: Conjunção subordinativa.
- **Veredito**: Não é pronome relativo.
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### **Alternativa D**
**“Esse processo, que é denominado assimilação, desempenha um papel...”**
- O **"que"** nesta frase é um pronome relativo, pois retoma o termo **"processo"** e faz a coesão entre a oração principal e a subordinada adjetiva **“que é denominado assimilação”**. Além disso, o pronome relativo **"que"** exerce a função de sujeito dentro da oração subordinada.
- **Função**: Pronome relativo (retoma "processo").
- **Veredito**: É pronome relativo.
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### **Alternativa E**
**“Isso permitiu que, mais de uma década depois, os autores do estudo atual...”**
- O **"que"** aqui também é uma conjunção integrante, introduzindo a oração subordinada substantiva objetiva direta **“que, mais de uma década depois, os autores do estudo atual...”**.
- **Função**: Conjunção integrante.
- **Veredito**: Não é pronome relativo.
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### **Conclusão**
A única alternativa em que o **"que"** funciona como um **pronome relativo** é a **Alternativa D**, pois retoma o termo **"processo"** e introduz uma oração subordinada adjetiva.
A resposta correta é a **Alternativa D**.
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