O ponto de interrogação está INCORRETO na alternativa:

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Melhor a lenda

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Quem não ouviu contar que Nero mandou incendiar Roma e, do seu terraço, contemplava o fogo enquanto tocava cítara e declamava seus poemas? O historiador romano Suetônio registra essa versão setenta anos após a morte do personagem. A cena combina com o imperador sanguinário, mas não teve confirmação como fato histórico. É mais interessante continuar acreditando que os vikings usavam aqueles capacetes de chifres, fantasia criada em ilustrações do século XIX, que tornavam-nos mais assustadores, do que substituir a imagem por outra mais real, depois que escavações nos túmulos mostraram que não havia um só capacete de chifres entre os despojos dos guerreiros nórdicos.
E por aí vai. A realidade é que o pintor Van Gogh decepou apenas o lóbulo da orelha, não a concha inteira; elefantes não têm cemitério; não eram três as caravelas de Colombo quando veio para estes lados, pois a Santa Maria era uma nau, maior e mais larga; Walt Disney não desenhou o camundongo Mickey; etc, etc.
Quando a lenda é mais interessante do que o fato original, ela triunfa na imaginação popular e muitas vezes na história escrita. Ficou famosa entre os cinéfilos uma frase de um jornalista na cena final do filme de John Ford O Homem que Matou o Facínora, de 1962. Resumindo, curto. Um advogado citadino, que nem sabia atirar, fica famoso por ter matado em duelo um perigoso bandido do oeste, e se elege senador. Muito tempo depois, no funeral do verdadeiro matador do bandido, que era o mocinho e eliminou o facínora atirando escondido nas sombras, o senador conta a verdadeira história ao jornalista e este se recusa a publicá-la, dizendo: 
“Isto é o oeste, senhor. Quando a lenda vira verdade, ficamos com a lenda" (This is the West, sir. When the legend becomes fact, print the legend). Essa frase tem um precedente histórico em Machado de Assis. Na crônica do dia 15 de setembro de 1876, ele abre um tópico com uma contestação da história oficial do grito da independência, em 7 de setembro de 1822: “Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século. Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga. (...) Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido. Houve resolução do Príncipe D. Pedro, independência e o mais; mas não foi positivamente um grito, nem ele se deu nas margens do célebre ribeiro"
Machado argumenta que seria fácil mudar a história em futuras edições dos livros, mas ficaria difícil refazer tantos versos escritos. O Hino Nacional já contava então 47 anos e dizia que o grito retumbante fora ouvido pelas margens plácidas do Ipiranga. Conclui o Machado: “Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. (...) Eu prefiro o grito do Ipiranga: é mais sumário, mais bonito e mais genérico". 

Ivan Angelo
Disponível em: http://vejasp.abril.com.br
O ponto de interrogação está INCORRETO na alternativa:
Alternativas

Gabarito comentado

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Olá, estudante! Vamos analisar a questão sobre o uso do ponto de interrogação e entender por que a alternativa B está incorreta.

Alternativa Correta: B - Não os balancetes ficaram prontos?

Explicação:

A questão aborda o uso correto do ponto de interrogação, que é um sinal de pontuação utilizado principalmente no final de frases interrogativas diretas, aquelas que expressam uma pergunta. Para resolver essa questão, é necessário compreender a estrutura de frases interrogativas e a função do ponto de interrogação.

Vamos analisar cada alternativa:

A - Os balancetes ficaram prontos?

Esta alternativa está correta. É uma pergunta direta e o ponto de interrogação está corretamente posicionado ao final da frase.

B - Não os balancetes ficaram prontos?

Esta alternativa está incorreta. A construção "Não os balancetes ficaram prontos?" não é uma pergunta direta comum. A forma correta de expressar a interrogativa negativa seria: "Os balancetes não ficaram prontos?". Portanto, o ponto de interrogação está mal empregado aqui.

C - Os balancetes não ficaram prontos?

Esta alternativa está correta. Representa uma pergunta direta e o ponto de interrogação está corretamente colocado no final da frase.

D - E os balancetes, ficaram prontos?

Esta alternativa está correta. Apesar de começar com uma conjunção, a frase é uma pergunta direta e o ponto de interrogação está corretamente usado ao final.

Portanto, a alternativa B é a única incorreta porque a estrutura da frase não é adequada para uma pergunta direta, tornando o uso do ponto de interrogação errado.

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GABARITO: B

Não, os balancetes ficaram prontos? 

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