A alternativa em que ambos os termos constituídos de preposi...
O recente interesse na regulamentação da astrologia como profissão oferece a oportunidade de refletir sobre questões que vão desde as raízes históricas da ciência até a percepção, infelizmente muito popular, de seu dogmatismo. Preocupa-me, e imagino que a muitos dos colegas cientistas, a rotulação do cientista como um sujeito inflexível, bitolado, que só sabe pensar dentro dos preceitos da ciência. Ela vem justamente do desconhecimento sobre como funciona a ciência. Talvez esteja aqui a raiz de tanta confusão e desentendimento.
Longe dos cientistas achar que a ciência é o único modo de conhecer o mundo e as pessoas, ou que a ciência está sempre certa. Muito ao contrário, seria absurdo não dar lugar às artes, aos mitos e às religiões como instrumentos complementares de conhecimento, expressões de como o mundo é visto por pessoas e culturas muito diversas entre si.
Um mundo sem esse tipo de conhecimento não científico seria um mundo menor e, na minha opinião, insuportável. O que existe é uma distinção entre as várias formas de conhecimento, distinção baseada no método pertinente a cada uma delas. A confusão começa quando uma tenta entrar no território da outra, e os métodos passam a ser usados fora de seus contextos.
Portanto, é (ou deveria ser) inútil criticar a astrologia por ela não ser ciência, pois ela não é. Ela é uma outra forma de conhecimento. [...]
Essa caracterização da astrologia como não ciência não é devida ao dogmatismo dos cientistas.É importante lembrar que, para a ciência progredir, dúvida e erro são fundamentais. Teorias não nascem prontas,mas são refinadas como passar do tempo, a partir da comparação constante com dados. Erros são consertados, e, aos poucos, chega-se a um resultado aceito pela comunidade científica.
A ciência pode ser apresentada como um modelo de democracia: não existe o dono da verdade, ao menos a longo prazo. (Modismos, claro, existem sempre.) Todos podem ter uma opinião, que será sujeita ao escrutínio dos colegas e provada ou não. E isso tudo ocorre independentemente de raça, religião ou ideologia. Portanto, se cientistas vão contra alguma coisa, eles não vão como donos da verdade, mas com o mesmo ceticismo quecaracteriza a sua atitude com relação aos próprios colegas. Por outro lado, eles devem ir dispostos a mudar de opinião, caso as provas sejam irrefutáveis.
Será necessário definir a astrologia? Afinal, qualquer definição necessariamente limita. Se popularidade é medida de importância, existem muito mais astrólogos do que astrônomos. Isso porque a astrologia lida com questões de relevância imediata na vida de cada um, tendo um papel emocional que a astronomia jamais poderia (ou deveria) suprir.
A astrologia está conosco há 4.000 anos e não irá embora. E nem acho que deveria. Ela faz parte da história das ideias, foi fundamental no desenvolvimento da astronomia e é testemunha da necessidade coletiva de conhecer melhor a nós mesmos e os que nos cercam. De minha parte, acho que viver com a dúvida pode ser muito mais difícil, mas é muito mais gratificante. Se erramos por não saber, ao menos aprendemos com os nossos erros e, com isso, crescemos como indivíduos. Afinal, nós somos produtos de nossas escolhas, inspiradas ou não pelos astros.
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Olá, estudante! Vamos resolver uma questão de morfologia que envolve a substituição de termos formados por preposição + substantivo por adjetivos equivalentes. Essa habilidade é importante para melhorar sua compreensão textual e capacidade de interpretação de texto, especialmente em provas de concursos públicos.
A alternativa correta é a letra A: preceitos DA CIÊNCIA (§ 1) – modelo DE DEMOCRACIA (§ 6).
Agora, vamos entender por que esta é a resposta correta:
- Preceitos DA CIÊNCIA: O termo pode ser substituído por preceitos científicos. Aqui, "da ciência" transforma-se no adjetivo "científicos".
- Modelo DE DEMOCRACIA: O termo pode ser substituído por modelo democrático. "De democracia" é transformado no adjetivo "democrático".
Passando para as alternativas incorretas:
- B - formas DE CONHECIMENTO – rotulação DO CIENTISTA: "Formas de conhecimento" não tem um adjetivo direto que substitua o termo sem perda de significado. "Rotulação do cientista" também não tem um adjetivo direto correspondente.
- C - modelo DE DEMOCRACIA – donos DA VERDADE: Enquanto "modelo de democracia" pode ser transformado em "modelo democrático", "donos da verdade" não possui um adjetivo que mantenha o mesmo significado completo.
- D - rotulação DO CIENTISTA – preceitos DA CIÊNCIA: Aqui, "preceitos da ciência" pode ser substituído por "preceitos científicos", mas "rotulação do cientista" não tem um adjetivo correspondente que mantenha o significado original.
Para resolver questões como essa, é importante lembrar que o adjetivo deve expressar a mesma ideia ou relação que o termo formado por preposição + substantivo. Pratique substituições simples e busque sempre preservar o significado original da expressão ao transformar substantivos em adjetivos.
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