Assinale a alternativa correta, com base no texto.
Apesar de cortes, obras avançam no acelerador de partículas Sirius
O acelerador de partículas Sirius completou a primeira volta de elétrons recentemente e, mesmo com os seguidos cortes na área científica do país, a previsão para a conclusão das obras é para o fim de 2020. Quando as obras acabarem, o acelerador de partículas Sirius será o equipamento mais avançado do mundo na geração de luz síncrotron. Ao todo, são 68 mil m² de área construída. A luz síncrotron gerada pelo Sirius será capaz de analisar a estrutura de qualquer material na escala dos átomos e das moléculas, que poderá contribuir no desenvolvimento de fármacos e baterias, por exemplo. Quando estiver em funcionamento, também permitirá reconstituir o movimento de fenômenos químicos e biológicos ultrarrápidos que ocorrem na escala dos átomos e das moléculas, importantes para o desenvolvimento de fármacos e materiais tecnológicos, como baterias mais duradouras.
Em novembro de 2018, foi inaugurada a primeira etapa do projeto. A solenidade contou com a presença do então presidente da República, Michel Temer, em Campinas, interior de São Paulo, onde o equipamento foi construído. Hoje, entre os três aceleradores do Sirius, os dois primeiros já estão montados. Ainda assim, falta a parte de instalação de potência dos aceleradores, que deve acontecer em maio de 2019. Na mira da comunidade científica internacional, – que no futuro também poderá utilizar o espaço –, a construção do acelerador de partículas ainda enfrenta alguns percalços.
“A construção do Sirius ainda esbarra nos subsequentes cortes de investimentos do governo federal”, conta o diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), José Roque da Silva. Em decreto publicado em março de 2019, o governo federal decidiu congelar uma parcela das verbas do orçamento em praticamente todas as áreas. O Ministério de Ciência e Tecnologia, por exemplo, sofreu congelamento de 41,97% do orçamento. A medida, pensada para tentar cumprir a meta de deficit primário do país, pode afetar em cheio outros orçamentos, como o do Sirius. “Nesse momento dá para dizer que o Ministério está mantendo o cronograma atual”, diz. “Eu diria que é cedo para dar alguma informação mais definitiva, mas a situação da ciência e tecnologia no país é, como um todo, preocupante”, explica Roque.
No futuro, a expectativa do CNPEM é de conseguir ampliar as fontes de recursos do Sirius –principalmente após o fim das obras. Segundo Roque, outros ministérios, como o de Minas e Energia, Saúde e Agricultura também estão interessados em utilizar o acelerador. Além dos agentes do governo, como explica o diretor do CNPEM, os setores privados também têm demonstrado interesse em investir no Sirius. A construção do novo acelerador de partículas deve custar um valor estimado de R$ 1,8 bilhão.
Além do Sirius, existe um antigo acelerador de fonte de luz síncrotron, o UVX, lançado em 1997. Atualmente considerado ultrapassado, o UVX já participou de importantes descobertas para a pesquisa brasileira como, por exemplo, entender o funcionamento de uma proteína essencial para a reprodução do zika vírus. O diretor científico do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Harry Westfahl Junior, espera que nos próximos dois anos o número das linhas de luz do UVX – que hoje é de 13 linhas com diversas técnicas de análise microscópica – salte para 18. Atualmente, duas vezes por ano é aberto chamado para projetos acadêmicos coordenados pelo LNLS. “Cientistas de qualquer centro de pesquisa no mundo, empresarial ou acadêmico, podem submeter seus trabalhos”, conta. Como o atual acelerador UVX será substituído pelo Sirius, as novas linhas de luz serão gradualmente montadas ali.
Disponível em:<https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/04/apesar-de-cortes-obras-avancam-no-aceleradorde-particulas-sirius.html>
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GABARITO: LETRA A
→ Em novembro de 2018, foi inaugurada a primeira etapa do projeto. A solenidade contou com a presença do então presidente da República, Michel Temer, em Campinas, interior de São Paulo, onde o equipamento foi construído.
→ Está na voz passiva analítica, constituída por verbo "ser" + particípio e há omissão do agente da voz passiva, não sabemos quem inaugurou e nem quem construiu.
✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Complemento...
B) Ao todo, são 68 mil m² de área construída.
mas a situação da ciência e tecnologia no país é, como um todo, preocupante”, explica Roque.
Segundo as pesquisas o significado apropriado da expressão : " Ao todo".
“globalmente”, “em conjunto”, “em bloco”.
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C) Em “deve acontecer em maio” e “poderá utilizar o espaço” (2° parágrafo), as locuções verbais indicam, respectivamente, que a instalação dos aceleradores ocorrerá obrigatoriamente em maio, e que a comunidade científica certamente utilizará o espaço.
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D) Em “falta a parte de instalação de potência dos aceleradores” (2° parágrafo), o constituinte sublinhado é objeto direto do verbo “faltar” e as palavras “instalação”, “potência” e “aceleradores” são nomes derivados de verbos.
Falta atua como adjunto adnominal.
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E) Em “onde o equipamento foi construído” (2° parágrafo), o pronome relativo pode ser substituído por “em cujo”, sem ferir a norma culta da língua escrita.
Em novembro de 2018, foi inaugurada a primeira etapa do projeto. A solenidade contou com a presença do então presidente da República, Michel Temer, em Campinas, interior de São Paulo, onde o equipamento foi construído.
Em tese, o cujo serve para ligar substantivos e estabelece uma ideia de posse.
Letra D errada
Um nome derivado de verbo é aquele que tem origem em um verbo, mas pertence a outra classe gramatical. Por exemplo: a palavra “ação” deriva do verbo “agir”. No entanto, nem todas as palavras terminadas em -ção são nomes derivados de verbos. Por exemplo: a palavra “nação” não deriva de nenhum verbo.
Nesse caso, apenas a palavra “instalação” é um nome derivado do verbo “instalar”. As palavras “potência” e “aceleradores” não derivam de verbos.
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