“Foi dessa forma que escolhi um lugar banal e uma história c...

A correta identificação da abordagem historiográfica mencionada no trecho do livro de Giovanni Levi é a Micro-história. Esta metodologia se destaca por se concentrar em unidades pequenas ou eventos aparentemente triviais para revelar processos sociais, culturais e políticos mais amplos. A Micro-história é uma abordagem que busca entender as complexidades das ações humanas cotidianas e individuais como forma de entender fenômenos históricos mais amplos.

No trecho citado, Levi foca em uma aldeia específica e em um personagem singular, o padre exorcista Giovan Batista Chiesa, para abordar como a vida política e reações sociais em um contexto local podem interagir com e ser afetadas por acontecimentos de escala maior, que estão fora do controle direto dos envolvidos. Ao fazer isso, ele realça os detalhes do cotidiano e as particularidades da vida em Santena, uma "cidadezinha comum", para ilustrar dinâmicas políticas, sociais e econômicas.

Essa atenção aos detalhes e a ênfase nas estratégias cotidianas de indivíduos e pequenos grupos é característica da Micro-história, o que justifica a seleção da alternativa E como a correta.

O próprio nome da obra de Livi já denuncia a Micro-história.

Se a resposta fosse a alternativa c (Nova História Cultural), não estaria errada. Na minha opinião, a questão possui duas respostas possíveis. 

A Nova História estimula a ampliação do campo de conhecimento histórico, alargando seus objetos e estimulando a problematização do passado. No caso em questão, uma história do cotidiano...

Falou em "fragmento", lembre-se de Michel Foucault e da micro-história. Poder-se-ia suspeitar dos Annales. Mas esses, embora também contemporâneos e niilistas, eram mais abrangentes e sociais. A micro-história, de Foucault, tem mais a ver com o individual e com o fragmentado, o micro